O Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC), nesta terça-feira (29), é uma oportunidade de destacar as causas, riscos e tratamentos desta que se tornou a principal causa de morte no Brasil nos últimos anos, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, com informações do Portal de Transparência dos Cartórios de Registro Civil.
O AVC se dá quando ocorre um entupimento ou rompimento de vasos que levam sangue ao cérebro. Dessa forma, existem dois tipos de AVC: o isquêmico, que ocorre com a obstrução de uma artéria e normalmente acontece após uma trombose ou embolia; e o hemorrágico, sendo este originário do rompimento de um vaso cerebral que resulta em hemorragia.
Conforme o Ministério da Saúde, a incidência de casos do AVC isquêmico é maior, representando 85% das ocorrências. Contudo, o AVC hemorrágico tem maior propensão a causar a morte do enfermo.
Causas e prevenção
As principais causas do Acidente Vascular Cerebral estão relacionadas a um estilo de vida pouco saudável.
Ou seja, pessoas sedentárias, estressadas e que fazem consumo frequente de álcool, tabaco e outras drogas estão mais propensas a sofrer um AVC.
Além disso, fatores genéticos e naturais também influenciam, como o histórico de familiares com doenças cardiovasculares e o envelhecimento.
Pessoas com mais de 55 anos, por exemplo, têm maior probabilidade de sofrer um AVC. O risco também é maior para pessoas negras e do sexo masculino.
Contudo, algumas atitudes podem reduzir a chance de sofrer com esse tipo de emergência.
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A principal indicação médica para se prevenir é adotar hábitos que contribuam para uma vivência mais saudável.
Dessa forma, a prática regular de atividades físicas, hidratação constante, redução ou restrição total ao álcool, cigarro e drogas ilícitas são algumas das posturas mais adequadas.
Além disso, dietas balanceadas também diminuem a probabilidade de AVC, visto que reduzem a chance de fatores de risco como colesterol alto, hipertensão e sobrepeso.
Sintomas
É possível identificar um Acidente Vascular Cerebral a partir de sintomas comuns tanto aos casos isquêmicos quanto hemorrágicos.
São eles:
Fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo;
Alteração da fala ou compreensão;
Confusão mental;
Alteração na visão (em um ou ambos os olhos);
Alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar;
Dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.
Vale lembrar que o AVC configura uma emergência médica e ao suspeitar de estar passando por um ou conhecer alguém nessa situação, é importante se dirigir a um hospital ou ligar para o Serviço de Atendimento Médico deUrgência (SAMU-192).
Tratamento
De acordo com o neurocirugião Ricardo Aurélio, após o AVC sempre haverá sequelas. Contudo, é possível reduzir os danos a depender de alguns fatores.
Ele explica que a intervenção cirúrgica, mais comum nos casos do AVC hemorrágico, é crucial para salvar vidas.
As sequelas são uma garantia, mas a cirurgia pode evitar a morte do paciente. Para isso é importante atuar dentro de uma janela de tempo. No caso do AVC hemorrágico, em até 12 horas.
Ainda conforme o médico, a maioria dos casos de atuação do neurocirurgião ocorrem por traumas, haja vista uma evolução nos tratamentos clínicos.
“O AVC tem sido cada vez mais tratado clinicamente! Hoje, você tem equipes para fazer trombólise (método não-cirúrgico). O neurocirurgião fica de ‘stand-by’, caso eles precisem”, afirmou.
Também vale destacar que a vida emocional e motora das pessoas que sofrem AVC costuma ser afetada profundamente.
São vários os casos em que são desenvolvidas deficiências físicas e mentais como sequelas. Por este motivo, é importante o acompanhamento de equipes direcionadas ao cuidado específico dessa reabilitação.
Profissionais como fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e psicólogos trabalham diretamente com este grupo de pessoas em busca de retomar suas atividades da melhor maneira possível.
O apoio e a orientação aos familiares também são fundamentais para a garantia de que o AVC seja de fato um acidente, e não a marca definitiva na vida de quem passa por ele.