A falta do medicamento Natalizumabe, crucial para o tratamento da Esclerose Múltipla recorrente-remitente, tem gerado preocupação entre os pacientes que dependem dele para gerenciar sua condição. Alan Araújo, um dos pacientes afetados, denunciou ao Difusora News que o remédio não está disponível na Farmácia Estadual de Medicamentos Especializados (FEME) há quase dois meses.
Alan, que utiliza o medicamento como terapia única para prevenir surtos e retardar a progressão da doença, apresentou diagnósticos, laudos e receitas que comprovam sua necessidade do Natalizumabe. Em entrevista, Alan, que já teve dois surtos da doença, compartilhou sua preocupação com o impacto da falta do Natalizumabe em seu tratamento.
Quanto aos próximos passos, Alan mencionou a possibilidade de procurar orientações na defensoria pública e até mesmo recorrer à justiça para obter uma liminar que obrigue o governo do estado a disponibilizar o medicamento o mais breve possível.
O Difusora News entrou em contato com o estado, a fim de entender quais medidas estão sendo tomadas para expandir a quantidade de médicos capacitados nos municípios maranhenses, e aguarda resposta.
Sobre a Esclerose Múltipla
A Esclerose Múltipla é uma doença inflamatória crônica que afeta o sistema nervoso central, com prevalência média de 8,7 casos por 100 mil habitantes no Brasil. A condição, que pode resultar em deficiência física grave e comprometimento cognitivo, exige um tratamento adequado para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
No Sistema Único de Saúde (SUS), o Natalizumabe é estabelecido como a primeira opção de tratamento para casos de Esclerose Múltipla recorrente-remitente altamente ativa.