Repatriados apresentam sinais de ansiedade, tristeza e insônia, diz Saúde

Sintomas como dores corporais, ansiedade e insônia, além de tristeza, foram observados em parte do grupo de repatriados da Faixa de Gaza. A avaliação foi feita por profissionais do Ministério da Saúde, que realizaram o atendimento das 32 pessoas, sendo 22 brasileiros e 10 palestinos, resgatadas da zona de guerra entre Israel e o grupo Hamas.

Segundo o diretor de Atenção Hospitalar Domiciliar e de Urgência do ministério, Nilton Pereira Júnior, todos os repatriados foram avaliados e passaram por consulta médica. Após o procedimento, os grupos foram liberados e ficaram em repouso esperando pela avaliação psicossocial, a qual foi realizada em grupo, em família e individualmente. 

Nas crianças, não foram identificados sinais de desnutrição. Algumas delas, no entanto, continuam reagindo aos barulhos emitidos pelas aeronaves que sobrevoam o céu, enquanto outras sofrem para dormir devido ao misto de euforia, de alívio e, ao mesmo tempo, de preocupação, estresse e ansiedade com as perdas e com o afastamento dos familiares.

“Esse é o momento para que todos eles que estão apresentando algum sinal psicossocial, sinais esperados pela situação de conflito, pela situação de estresse extremo, sejam avaliados pelos nossos quatro psicólogos que estão aqui, junto com médico e enfermeiros. Nenhum deles necessita de internação, mas precisam de acompanhamento de médio e longo prazo”, disse o diretor de Atenção Hospitalar Domiciliar e de Urgência do ministério, Nilton Pereira Júnior.

Além da avaliação médica e psicológica, os repatriados estão passando por um processo de atualização dos cartões de vacinação. Todas as doses do calendário vacinal — BCG, tríplice viral, vacina contra as hepatites, influenza, Covid-19 — estão sendo aplicadas. 

O grupo de repatriados foi resgatado pela Força Aérea Brasileira (PAB) e desembarcou no Brasil na noite de 2ª feira (13), mais de um mês após o início do conflito. Dois dias depois, na 4ª feira (15), 26 viajantes foram enviados a São Paulo, onde ficarão em casas de familiares ou em um abrigo disponibilizado pelo estado. Todos serão monitorados por equipes de saúde.

Fonte: SBT News

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