A obesidade está crescendo em todo mundo e de maneira mais acelerada entre crianças e jovens. O alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que prevê 2,3 bilhões de pessoas acima do peso ideal em 2025, sendo que 700 milhões serão obesos. Desse total, as crianças vão somar pouco mais de 10% (75 milhões).
No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, existem hoje 6,7 milhões de obesos. Para ser classificado como obeso, a pessoa precisa ter o Índice de Massa Corporal (IMC), que mede a quantidade de gordura no corpo, acima de 30. O IMC é calculado dividindo o peso pela altura elevada ao quadrado.
O médico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, Carlos Armando Ribeiro, explica que a obesidade leva a outros problemas de saúde: “aumenta o risco de diabetes, pressão alta, gordura no fígado, apneia do sono, aumenta o risco de câncer e isso faz com que diminua a qualidade de vida das pessoas e diminua a expectativa de vida”. Segundo o médico é preciso ter medidas públicas para combater o problema, além de baratear os alimentos orgânicos para desestimular o consumo de ultraprocessados e incentivar o exercício físico.
Um estudo do Covitel, observatório dos fatores de risco, aponta que, no Brasil, a obesidade em pessoas de 18 a 24 anos saltou de 8% no ano passado para 17% agora. A cuidadora Lussandra Costa é um exemplo. Ela chegou a pesar 130 kg e fez a opção pela cirurgia bariátrica depois de enfrentar dificuldades para executar tarefas simples.
“Enrolar uma toalha no corpo todo, amarrar o cadarço do sapato, cruzar a perna”, explica. “Para quem não vive nessa situação, é difícil entender o valor de poder sair, brincar com seus amigos, poder se sentir mais mulher”.
Fonte: SBT News