Sete em cada 10 pessoas vivenciaram pelo menos um evento extremo ligado às mudanças climáticas no Brasil em 2023. A informação é de uma pesquisa realizada pelo Instituto Pólis, que revelou que cerca de 118 milhões de pessoas acima dos 16 anos já sentiram na pele os efeitos da crise climática.
Dentre os eventos que mais atingiram a população estão: chuvas muito fortes (20%); seca e escassez de água (20%); alagamentos, inundações e enchentes (18%); temperaturas extremas (10%); apagão de energia (7%); ciclones e tempestades de vento (6%); e queimadas e incêndios (5%).
A pesquisa foi feita com 2 mil pessoas, das quais 98% declararam ter preocupação com a possibilidade de um novo evento extremo ocorrer. A maioria (34%) revelam que a falta de água é a maior preocupação do grupo, seguido por inundações e enchentes (23%), incêndios florestais (18%) e ciclones (13%).
A maior incidência de certos eventos por região ou do impacto desproporcional sobre alguns grupos sociais faz com que o grau de alerta e preocupação varie. Por exemplo, alagamentos, inundações e enchentes (23% da média nacional) preocupam mais a população mais pobre, definidas como as classes D/E (25%).
Para a maior parte da população, as fontes não-renováveis de energia estão diretamente associadas ao agravamento da crise climática. Petróleo, carvão mineral e gás fóssil são considerados os principais culpados, fazendo com que grande parte dos brasileiros apoie o investimento em fontes renováveis, como energia solar, hídrica e eólica.
Com informações de: SBT News
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