O Ministério da Saúde deve publicar, nos próximos dias, uma portaria que pretende ampliar a oferta de cuidados paliativos pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Há nove anos, Anne sentiu um desconforto na barriga. Procurou atendimento médico, mas demorou até receber o diagnóstico exato.
“Eu vendo que o inchaço só aumentava eu procurei por mais dois médicos e falaram que não era nada. Quando eu fui procurar um pronto-atendimento, é que realmente eu fui diagnosticada com câncer de ovário metastático”, disse Anne Carrari, estudante de Saúde Pública.
Nesse momento, ela descobriu a importância dos cuidados paliativos, que são princípios e protocolos focados em prevenir e controlar o sofrimento das pessoas que convivem com doenças graves.
É como explica Douglas Crispim, médico paliativista do Instituto Perdizes do Hospital das Clínicas.
“Normalmente o foco é ajudar os especialistas e ajudar a pessoa e a família para que ela tenha uma vida mais normal possível convivendo com a sua doença”, disse
O Atlas de Cuidados Paliativos revela aumento no número de unidades que prestam esse atendimento no país. Em 3 anos, o crescimento foi de 18%. Mas como a demanda é muito grande, o número ainda é insuficiente para dar mais conforto àqueles que precisam de cuidados para aliviar o sofrimento.
Em 2019, eram 191 unidades que realizavam esses atendimentos no Brasil. Agora são 234. De acordo com a Associação Europeia de Cuidados Paliativos, o ideal é um cenário onde existam duas unidades para cada cem mil habitantes. Hoje, o brasil tem 16 vezes menos do que o recomendado.
Fonte: SBT News