O desmatamento na Mata Atlântica caiu 42% nos primeiros cinco meses de 2023. É o que mostra o novo boletim do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) Mata Atlântica, divulgado nesta quinta-feira (27).
A área desflorestada entre janeiro e maio deste ano foi de 7.088 hectares, contra 12.166 hectares registrados no mesmo período de 2022.
A queda é considerável em grande parte dos estados, principalmente os que tiveram maior área desmatada em 2022, como Minas Gerais, Bahia, Paraná e Santa Catarina. No Espírito Santo, Pernambuco e Rio Grande do Sul, mesmo havendo redução, o desmatamento pode ser considerado estável.
Os estados de Alagoas, Rio Grande do Norte, São Paulo e Sergipe foram os únicos que registraram aumento, porém, somadas, suas áreas desmatadas representam menos de 12% do total.
Para Marcos Rosa, coordenador técnico do MapBiomas, essa redução pode estar relacionada a uma maior fiscalização e a uma mudança de postura do governo federal, que desde o início do ano é comandado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – que prometeu, em seu primeiro discurso depois de empossado, uma política de desmatamento zero.
“A devastação em áreas menores que três hectares praticamente não sofreu redução, enquanto nas maiores, especialmente aquelas acima de 15 hectares, houve um significativo decréscimo no desmatamento. Isso pode estar diretamente relacionado ao incremento da fiscalização realizada pelos estados, à mudança de postura no governo federal e no IBAMA e às restrições de crédito financeiro para propriedades com desmatamentos não autorizados”, afirma Rosa.
O SAD Mata Atlântica é resultado de uma parceria entre a Fundação SOS Mata Atlântica, a Arcplan e o Mapbiomas.
Fonte: SBT News