Mais de 300 pessoas foram presas ou apreendidas na Operação Escola Segura

O ministro da Justiça, Flávio Dino, convocou uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (20) para atualizar os números da Escola Segura, operação integrada entre polícias federais e estaduais, que monitora e investiga pessoas ou agrupamentos que fomentam ou estimulam ataques a escolas.

Na coletiva, Dino enfatizou o trabalho integrado contra os ataques e avisou que os perfis denunciados e monitorados são inspirados pelo nazismo e neonazismo. Ademais, estão difundidos por todos os estados, em caráter nacional. O ministro afirmou que são poucas pessoas, “mas pessoas muito perigosas”.

Segundo Flávio Dino, cada um desses perfis serão encontrados pela polícia

“A polícia vai buscar um a um, porque a determinaçao é essa. E nós vamos cumprir. Nós não vamos permitir que se instale no Brasil terrorismo de inspiração em outros países, qualquer que seja essa ideologia”, afirmou. “Nós vamos agir até combatermos e debelarmos um a um desses agrupmanetos extremistas que estão querendo fazer terrorismo contra crianças, contra adolescentes e contra a educação”, disse.

Sobre o argumento que o governo estaria cerceando a liberdade de expressão ao monitorar os grupos de ódio, Dino disse que a liberdade de expressão é apenas para aqueles que a exdercem dentro da lei. Já quem “ameaça destruir uma escola, uma criança, um adolescente ou uma familia”, não esta protegido pela constituição e está no âmbito do codigo penal, o que jsutifica a ação do Estado.

“Elas são inimigas da liberdade, são inimigas da democracia, e por isso estao sofrendo sim a mão firme do Estado, a mão firme da justiça, a mão firme da lei, porque não é correto, e não vamos permitir que essa gente queira apavorar, desesperar as familias brasileiras, impedindo as crinças e adolescentes de terem acesso a educação”, afirmou.

O minsitro afirmou que está disposto a desprender mais agentes na operação porque essa realidade não é “brincadeira”, mas sim um “valor funsametnal”.

“São 4.353 policias hoje na Operação Escola Segura. Se essa gente insisti,r vamos botar 10 mil e se insistir (mais), nós vamos botar 20 mil. Vamos botar o numéro que for necessário”, disse. “Quero avisar a todos: fizemos 302 prisoes, e se for preciso fazer mil, iremos, porque o Judiciário está atento a essa realidade que não é brincadeira, não é piada, e não é número, não é estatística, é um valor fundamental”, concluiu.

Confira abaixo os números divulgados pelo Ministério da Justiça nesta manhã:

  • 4.253 policiais de todo Brasil participam da operação
  • 302 prisões ou apreensões (tipificação para menores de 18 anos) em todo país (eram 255 na última atualização do levantamento, dia 18)
  • 2.593 boletins de ocorrência (eram 1.595 no dia 18)
  • 1062 pessoas conduzidas a delegacias para prestar depoimetno (eram 694 no dia 18)
  • 270 busca e apreensões de armas e artefatos que indicam pertencimento a grupos de violência (eram 155 no dia 18)
  • 1.738 casos em investigação (eram 1.224 no dia 18)

Mudança no código penal

Flávio Dino afirmou que há um grupo de especialistas analisando propostas de endurecimento de penas desse tipo de crime. Tamém disse que há deputados com esse tipo de proposta. São quase 20 projetos relativos a essa tema, afirmou o ministro.

Dificuldade com as plataformas

Sobre a dificuldade que o Ministério estava tendo com as plataformas, no sentido de obter informações sobre os perfis suspeitos, Dino disse que agora há um intuito colaborativo das redes “muito maior do que havia há 10 dias”.

“Quero louvar o esforço da maioria das plataformas de adequarem seus procedimentos e protocolos às providências que o MJ fixou no âmbito da internet, na Operação Escola Segura”

Ataques do dia 20

Perguntado sobre a atuação da operação neste 20 de abril, data que estava sendo anteipada para haver ataques, Dino disse que não havia até o momento nenhuma ocorrência e que o Ministério mantém o monitoramento “ao nível máximo ao longo de todo o dia e aos dias subsequentes”.

“Tamo junto pela paz nas escolas”

O Ministério também lançou nesta quinta a campanha “Tamo junto pela paz”, que chama a atenção para que o país possa superar o período de “medo e angústia”, após os ataques às escolas e pela disseminação de conteúdo violento nas redes sociais. De acordo com o MJ, é necessária a união de todas as pessoas, além de governos estaduais e municipais. 

Fonte: SBT News

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