Um dos kits de joias recebidos por Jair Bolsonaro em uma viagem à Arábia Saudita, em outubro de 2021, foi colocado em um leilão online, para ser arrematado por, no mínimo, 120 mil dólares. A descoberta foi da Polícia Federal, que constatou que o número de série do relógio anunciado no site era o mesmo registrado no acervo privado do ex-presidente.
O conjunto de joias da marca Chopard era composto por uma caneta, um anel, um par de abotoaduras, um rosário árabe chamado de “masbaha” e um relógio. Ainda segundo a PF, o ‘kit ouro rosê’ foi levado de forma ilegal, possivelmente, por meio do avião presidencial, no final do mês de dezembro de 2022, para os Estados Unidos.
As joias não foram vendidas, de acordo com a Polícia Federal, por “circunstâncias alheias à vontade dos investigados”. Com a repercussão gerada após a divulgação da existência desses presentes árabes pela imprensa, o ajudante de ordens Mauro Cid e os assessores do ex-presidente Marcelo Camara e Osmar Crivelatti organizaram uma “operação de resgate” dos bens, que foram devolvidos ao Estado brasileiro em 24 de março deste ano, por decisão do Tribunal de Contas da União.
“No dia 8 de fevereiro de 2023, o kit foi submetido a leilão, mas não foi arrematado, não sendo vendido por circunstâncias alheias à vontade dos investigados. Posteriormente, após a tentativa frustrada de venda, e com a divulgação na imprensa da existência das referidas joias, Mauro Cid, Marcelo Camara e Osmar Crivelatti organizaram uma “operação de resgate” dos bens, que foram encaminhados para a cidade de Orlando/FL, local onde residia o ex-Presidente da República Jair Bolsonaro. Após decisão do TCU para que o kit fosse devolvido ao Estado brasileiro, os investigados internalizaram os bens, devolvendo-os na data de 24 de março de 2023 na agência da Caixa Econômica Federal, na cidade de Brasilia/DF”, diz a PF.
Fonte: SBT Brasil