Importações de armas no Brasil cresceram 48% em 2018-22, mostra relatório

As importações de armas no Brasil cresceram 48% no período de 2018 a 2022, em comparação aos cinco anos anteriores, segundo o relatório divulgado nesta 2ª feira (13.mar) pelo Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês).

Ainda conforme o trabalho, o volume internacional de transferências de armas em 2018-2022 foi 5,1% menor do que o registrado em 2013-2017 e 4,8% superior ao de 2008-2012. Os cinco maiores exportadores de armas no período mais recente foram os Estados Unidos, Rússia, França, China e Alemanha, respondendo, juntos, por 76% das exportações mundiais.

Os cinco maiores importadores foram Índia, Arábia Saudita, Catar, Austrália e China, que juntos responderam por 36% das importações de armas. A Ásia e Oceania foi a principal região receptora em 2018-22, representando 41% das importações globais. Na sequência, ficaram Oriente Médio (31%), Europa (16%), Américas (5,8%) e África (5%).

Nas Américas, as importações de armas caíram 21% em 2018-22, ante o registrado em 2013-17. “Os EUA e o Brasil foram os maiores importadores de armas na região em 2018-22, respondendo por 47% e 16%, respectivamente”, complementa o relatório. Na América do Sul, as importações tiveram redução de 34%.

“Apesar do fato de que existem poucas tensões interestaduais na América do Sul, alguns estados, incluindo Brasil e Chile, têm programas de importação de armas em andamento”, diz o documento. As importações no Brasil representaram 44% do total do território sul-americano no período mais recente e 0,9% (ante 0,6% de 2013-17) do total do mundo. França, Reino Unido e Suécia foram os principais fornecedores de armas ao Brasil, respondendo por 39%, 14% e 13% das importações do produto no território brasileiro, respectivamente.

As exportações de armas neste cresceram 35% em 2018-2022, ante o observado em 2013-2017. Responderam por 0,3% das exportações do produto no mundo, frente a 0,2% do período anterior. Os principais receptores foram França (25% das exportações brasileiras), Nigéria (15%) e Chile (12%).

Fonte: SBT News

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