Haddad mantém previsão de crescimento do PIB em 3%

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta 3ª feira (5.dez), que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) foi positivo, apesar do tímido crescimento de 0,1%. “O PIB surpreendeu positivamente porque ele cresceu e o mercado estava esperando uma retração”.

Haddad está na Alemanha com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), onde a comitiva brasileira participa de reuniões de negócios com as autoridades alemãs.

Segundo o ministro, o Brasil crescerá 3% em 2023 e previu um superavit de 2,5% no PIB em 2024, mas para isso se tornar possível, pediu para o Banco Central “continuar fazendo o seu trabalho”, no sentido de seguir com cortes na taxa de juros. A projeção oficial da Fazenda para o ano que vem é de um crescimento menor, de 2,2%.

“Quero alertar o seguinte: a taxa de juro real no Brasil atingiu seu patamar mais alto em meados de junho. Então foi o pior momento da taxa de juros em termos reais, ou seja, a taxa de juros descontada da inflação. O BC começou a cortar taxa de juros só em agosto, nós tivemos um PIB positivo, mais fraco, mas com os cortes da taxa de juro, nós esperamos que este ano nós fechemos o PIB em mais de 3% de crescimento e esperamos um crescimento na faixa de 2,5% no ano que vem, mas o BC precisa fazer o trabalho dele”, disse Fernando Haddad.

Desmatamento

Haddad também comentou sobre questões ambientais, como a queda do desmatamento na Amazônia em 50%, e reafirmou o compromisso do governo de zerar, até 2030, o desmatamento no região. Segundo o ministro, o sucesso econômico do Brasil depende da preservação das florestas e do aumento nos investimentos em economia verde.

“Para nós crescermos, nós precisamos continuar investindo em energia limpa, energia eólica, energia solar, hidrogênio e a expectativa da Europa em relação ao Brasil como exportador de energia limpa é muito grande. O Brasil é parte da solução dos problemas que o mundo está enfrentando”, concluiu o ministro, em Berlim.

Fonte: SBT News

Tags: Brasil, desmatamento, Fernando Haddad, PIB