O Governo Federal ampliou a atuação do Ministério da Defesa no combate ao garimpo ilegal no território Yanomami e no apoio às ações de emergência em saúde pública desse povo. 

Segundo decreto publicado nesta quinta-feira (22) no Diário Oficial da União, agora, as Força Armadas, além de prestarem assistência logística, também atuarão diretamente no combate ao garimpo ilegal, promovendo patrulhamento na região; revistando pessoas, veículo, embarcações e aeronaves; e também realizando prisões em flagrante. O texto é assinado pelo presidente em exercício Geraldo Alckmin.

Desde 20 de janeiro, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ministra dos povos indígenas, Sonia Guajajara, estiveram em Boa Vista para verificar a crise sanitária e humanitária que assolava os povos indígenas no território Yanomami, diversas ações foram colocadas em prática. Uma delas foi a criação do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento à Desassistência Sanitária no Território Yanomami, num trabalho interministerial. Como parte da tratativa da crise, o Governo Federal passou a atuar para retirar garimpeiros que ocupavam a região ilegalmente.

Essa nova fase da operação contará com, aproximadamente, 1.200 militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, que já estão atuando na faixa de fronteira na Região Norte. Inicialmente, estão sendo empregadas 17 aeronaves, 1 Navio-Patrulha Fluvial e 5 lanchas blindadas.  

O novo decreto também mantém atribuições anteriores do Ministério da Defesa, como o fornecimento de dados de inteligência e transporte logístico das equipes da Polícia Federal, do Ibama e dos demais órgãos e entidades. A pasta participa ainda na destruição de aeronaves e de equipamentos relacionados com a mineração ilegal no território Yanomami.

Garimpos ilegais

O resultado da intensificação do combate a crimes ambientais aconteceu nesta semana. Segundo a Polícia Federal, alertas de garimpo ilegal zeraram na Terra Yanomami, pela primeira vez, em 3 anos. A devastação da Floresta Amazônica também diminuiu nos 5 primeiros meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022.

Fonte: SBT News

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