Proporção de consumidores sem condições de pagar dívidas atrasadas, como cartão de crédito e cheque especial, chegou a 11,6% do total de famílias.
Apesar de apontar estabilidade, o índice de endividamento continua alto no Brasil. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em abril, 78,3% das famílias apresentaram contas em atraso, mesmo índice contabilizado em março. Do total, 17% consideram-se muito endividados devido aos juros elevados.
O cenário foi registrado tanto nas famílias com renda entre três e cinco salários mínimos, bem como naqueles com ganho superior a 10 salários mínimos. O índice aumentou 1,2 p.p., chegando a 77,8% para o primeiro grupo e de 0,8 p.p. para o segundo, atingindo 75,3%. Na comparação anual, o indicador bateu 22% em ambas as classes.
Com a elevação dos juros, a proporção de consumidores sem condições de pagar dívidas atrasadas, como cartão de crédito e cheque especial, chegou a 11,6% do total de famílias. Na comparação com a média trimestral, esse é o maior nível desde novembro de 2020.
“O endividamento dos consumidores havia caído em outubro de 2022, retomou o crescimento entre janeiro e fevereiro, por causa das despesas típicas do início do ano, e se manteve estável em março e abril. Dados inéditos, no entanto, projetam que, a partir de julho deste ano, a proporção de endividados deve voltar a crescer e encerrar o ano em nova máxima histórica”, estima a CNC.
Fonte: SBT News
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