O Ministério da Fazenda divulgou um relatório que retrata a desigualdade na distribuição da renda e da riqueza da população brasileira. Segundo o documento, o Maranhão é o estado com a menor renda média do país, com a metade do valor, pouco mais de R$ 7 mil por mês.
Ainda segundo o relatório, o Distrito Federal é a unidade federativa com a maior renda média do país, equivalendo a mais de R$ 14 mil por mês, por pessoa. O DF é seguido por São Paulo e Rio de Janeiro.
Pouco mais da metade das pessoas que declararam o imposto têm menor renda e concentram 14% do total de ganhos. Em 2022, cerca de 38,4 milhões de contribuintes apresentaram declaração do Imposto de Renda, o que corresponde a 35,6% da População Economicamente Ativa (PEA) do Brasil.
O estudo sobre o imposto de renda mostra ainda a desigualdade de gênero na concentração da renda. Sendo as mulheres 51% da população em idade ativa no país, 43% delas declaram o IR. Do total da renda declarada, apenas 37% é das mulheres e quase 63% é dos homens.
Outro dado mostrado no estudo é que quanto maior a renda, maiores são as despesas dedutíveis apresentadas, como médicas, de dependentes e previdência. As deduções se concentram em despesas médicas, 38% do total, e da Previdência Social, 32%. Os 10% mais ricos concentram 41% do valor de todas as despesas dedutíveis no IR.
Em nota, o Governo do Maranhão esclarece que, apesar da colocação no ranking em relação ao rendimento domiciliar per capita, o estado apresentou crescimento real de 18,8% entre 2021 e 2022, sendo o quinto maior do país e o maior do nordeste. Além disso, a proporção de pessoas abaixo da linha de extrema pobreza registrou a quarta maior queda do país (-24,7%).
Diversas ações têm contribuído para melhora deste indicador, visto que o Maranhão segue em constante avanço, desenvolvendo ações voltadas para a atração de investimentos, com consequente crescimento da produção e da renda média dos maranhenses.
O crescimento real é explicado pela atuação em diversos eixos. No setor de trabalho e renda, programas como o Mais Renda, Minha Renda, Trabalho Jovem, Emprega Maranhão, Te Empodera Mulher, Formando e Cozinhando e PAGES (que irá beneficiar 80 mil habitantes da área rural). Já na área social, a execução de políticas públicas como o Banco de Alimentos, Comida na Mesa, Mais Segurança Alimentar e os Restaurantes Populares, que chegam ao número de 170.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), órgão do governo federal, foram criadas mais de 40.927 vagas de empregos no Maranhão, de janeiro a setembro de 2023, número que colocou o estado como o primeiro do Nordeste no crescimento na geração de empregos.
O governo também destaca a política de incentivos a empresas privadas para manter os empregos e atrair mais investimentos ao estado. Alguns desses exemplos podem ser verificados na instalação da Inpasa, em Balsas, maior produtora de combustível limpo e renovável à base de milho da América Latina. Ao se instalar na cidade, a empresa investiu R$ 2,5 bilhões, gerando cerca de 2.500 mil empregos. Em São Luís, a Alumar consolida um investimento de R$ 1 bilhão, feito em 2022; e R$ 1 bilhão, em 2023, criando mais de 5.500 empregos. O programa Minha Renda, realizado em parceria com a iniciativa privada, também gera renda a 1.500 maranhenses.
Por fim, o Governo do Maranhão destaca que o indicador leva em consideração todas as fontes de renda (trabalho e não trabalho). No estado, destaca-se o rendimento proveniente do trabalho em 2022 (R$ 1.663), com crescimento de 1,4% em relação a 2021, desempenho melhor em comparação ao Brasil, o qual apresentou recuo de 2,1% para o mesmo período de análise.
*Com informações da Agência Brasil
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