Cúpula do Mercosul marca transição da presidência do bloco para o Brasil

Começa nesta semana a 62ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, que ocorrerá em Puerto Iguazú, na Argentina. A reunião semestral do órgão, prevista para ocorrer nesta terça-feira (04) marcará a transição da presidência temporária do bloco econômico do governo argentino para o Brasil, em mandato válido até o fim deste ano. 

A última vez que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu o comando do bloco havia sido em agosto de 2010. Este será o primeiro encontro presencial do bloco desde a pandemia da Covid-19.

Antes da abertura da cúpula, porém, haverá uma reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do bloco, já nesta segunda-feira (03). O colegiado se reúne das 10h às 13h e das 15h às 18h, no Hotel Meliá, localizado no Parque Nacional do Iguaçu. Pela tarde, há uma agenda com ministros da Economia e presidentes de Bancos Centrais dos países membros da organização intergovernamental. 

O Governo brasileiro avalia que a cúpula é um ponto importante na reconstrução das relações diplomáticas com os países vizinhos. A expectativa é de que o Brasil, enquanto presidente do bloco econômico, organize o fórum social e o empresarial, além da próxima cúpula em território nacional.

Na pauta, os presidentes dos países do Mercosul (Alberto Fernández, da Argentina, Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, Mário Abdo Benítez, do Paraguai e Luiz Lacalle Pou, do Uruguai) irão tratar do acordo com a União Europeia (UE) e do possível tratado com a Associação Europeia de Comércio Livre (AECL), que abrange nações europeias não participantes do bloco, como Noruega, Suíça, Islândia, Liechtenstein. Acordos com Singapura, Canadá, Indonésia e Vietnã também serão discutidos. 

“O governo está traduzindo as instruções do presidente Lula para um documento que será apresentado primeiro aos parceiros do Mercosul, e depois à União Europeia. É um processo que não é tão rápido porque os acordos são muito delicados e têm exigido um trabalho de coordenação interna muito intenso”, defendeu o embaixador Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty. 

Havia uma expectativa de que os chefes de Estado tratassem do retorno da Venezuela ao bloco, movimento apoiado por Lula. No entanto, o tema não entrará na pauta. 

Fonte: SBT News

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