CPMI do crime organizado: oposição quer investigar associações criminosas

Deputados e senadores de oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciaram um processo para abertura de uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) contra o crime organizado. A intenção em montar o colegiado foi divulgada nesta quarta-feira (29). Até o momento, o pedido conta com 90 assinaturas na Câmara e 18 no Senado. Para ter o pedido oficializado, são necessários 171 deputados e 27 senadores.

Segundo o pedido, a finalidade é apurar os “recentes acontecimentos envolvendo Organizações e/ou Associações Criminosas no país, bem como a sua relação com a ampliação dos índices de homicídio e a atividade do narcotráfico, investigar suas estruturas e funcionamentos, e criar ações de enfrentamento a tais organismos criminosos”.

A proposta é de autoria do deputado Coronel Meira (PL-PE), mas entre os defensores está o senador Sergio Moro (União-PR), relacionado em investigação de uma organização criminosa que planejava atentar contra autoridades. As ameaças contra ele foram citadas em ação para anunciar a intenção de criar o grupo. Moro também criticou as condutas do governo para tratar o tema. As rebeliões de facções criminosas no Rio Grande do Norte também foram citadas como motivo de investigação.

“Durante quatro anos do governo Bolsonaro não ocorreram mais incidentes dessa espécie. Fomos para cima do crime organizado, do PCC, isolando as lideranças. A minha sensação é que no governo anterior o crime organizado ficou no passado”, declarou Moro.

O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro também criticou atuações do atual governo federal e defendeu apuração para saber se as ações contra o crime organizado são efetivas. “Tenho duvidas da estrategia do governo federal, principalmente quando a aposta é um programa que deu errado no passado, o Pronasci”, disse, citando o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania retomado pelo governo.

Fonte: SBT News

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