O Brasil registrou, entre os meses de janeiro e julho de deste ano, 34.721 focos de incêndio, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe. O número equivale a 29 casos por hora – 1% a mais em comparação aos sete primeiros meses do ano passado. Na região Nordeste do país, um recorde histórico: 9.645 focos no mesmo período.
No estado do Mato Grosso foram montadas sete salas de monitoramento de queimadas. Desde o início do ano, foram identificados mais de 7 mil pontos de calor – são cerca de 34 por dia.
“A maior concentração de focos de calor são nas propriedades privadas. São cerca de 87%. Nas unidades de conservação são menos de 2%. Pode-se subentender que a ação humana é determinante na geração da ocorrência de incêndios florestais”, explica o comandante de Emergências Ambientais, o tenente-coronel Marco Aires.
Na Chapada dos Guimarães, no oeste do Mato Grosso, uma escola pública foi completamente destruída pelas chamas. Em meio à correria, a preocupação era retirar os alunos do prédio.
“Foi muito rápido, foi questão de segundos. Quando a gente percebeu, já tinha pegado essa parte da escola, e a gente começou a retirar os alunos pelo portão dos fundos. Queimou tudo, não sobrou nada”, conta a professora Janaína Fernanda Pessoa.
O vento forte e o tempo seco contribuíram para a propagação das chamas. Segundo o Corpo de Bombeiros, o incêndio começou em uma fazenda, às margens da rodovia que liga Cuiabá à Chapada dos Guimarães. Mesmo com a ajuda de aviões, que despejam milhares de litros de água, os militares também precisaram enfrentar as chamas por terra.
Fonte: SBT News