Bolsa de Valores atinge maior marca no ano: 117 mil pontos

A bolsa brasileira voltou do feriado em dia de alta significativa. Foi abrir e subir. Pouco depois das 11h30 desta sexta-feira (09), o Ibovespa marcou a máxima do ano: 117.586, maior nível desde novembro do ano passado. 

O clima de otimismo teve por base aproveitar os ecos do cenário externo que, na véspera, tinha registrado altas importantes nos pregões em Wall Street. Cresce nos Estados Unidos a proporção de analistas que passam a apostar que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central americano, vai manter inalterada a taxa referencial de juros na próxima reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) nos próximos dias 13 e 14 de junho. A parada seria um freio de arrumação da autoridade monetária, para ganhar fôlego e decidir a estratégia para as reuniões seguintes: aplicar nova alta de 0,25% ou manter os juros inalterados por mais tempo. Já falando em China, a expectativa passa a ser por um corte de juros, diante de atividade econômica abaixo do esperado. 

Cenário doméstico

No Brasil a decisão do Copom é só nos dias 20 e 21 próximos. Não existe praticamente nenhuma aposta em corte de juros já neste encontro, mas as condições de inflação e mercado de trabalho vão se alinhando de modo a permitir-se pensar na hipótese na virada para o 2º semestre de 2023 ( leia-se dias 01 e 02 de agosto). Este ambiente de “realidade” mais avanços em torno do encaminhamento de uma reforma tributária factível tem amparado o otimismo nos pregões. Veja a evolução de alguns papéis no dia. 

– Petrobras PN (PETR4): + 4,81%

– Petrobras ON (PETR3): + 4,57%

– CVC viagens : + 9,86%

Depois de uma sequência de pequenas oscilações, o Ibovespa fechou o dia em alta de 1,33% aos 117.019 pontos e volume financeiro de R$ 29,5 bilhões.

ibovespa

Câmbio 

Diante da perspectiva de os Estados Unidos não aumentarem seus juros, de o Banco Central Europeu (BCE) sim elevar suas taxas de referência na semana que vem e de a Selic permanecer na casa dos 13,75% ao ano ainda por algum tempo, forma-se um ambiente propício para a atração de capitais pelo Brasil. Um dos motivos para nova derrocada da moeda americana frente ao real. E a evolução dos indicadores econômicos e do andar da carruagem na política no cenário doméstico fazem criar novas expectativas sobre as curvas de juros lá na frente. Veja a análise do economista e consultor André Perfeito. 

” O Real se aprecia na esteira da queda, ou melhor dizendo, na perspectiva da queda dos juros, o que faz o preço dos ativos locais subirem (especialmente Bolsa) e assim a demanda por ativos locais sobe apreciando a moeda local. Em situações normais de temperatura e pressão isso não faria sentido dessa forma, mas a base de comparação é tão baixa que o efeito dos juros sobre o câmbio tem efeito diverso do usual” – André Perfeito 

Durante os negócios, a moeda americana chegou a tocar a mínima do ano, em R$ 4,85. No fechamento do dia, o dólar devolveu alguma recuperação e cedeu 1,06% para ser cotado para venda a R$ 4,87.

Fonte: SBT News

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