A assessora para prevenção do genocídio da Organização das Nações Unidas (ONU), terminou hoje a visita ao Brasil. Ela conheceu comunidades indígenas brasileiras e divulgou um relatório que aponta os riscos e a necessidade do aumento da proteção aos povos originários.
A missão da ONU teve como foco a situação dos povos indígenas, afrodescendentes e grupos vulneráveis. A sub-secretária-geral Alice Wairimu Nderitu, esteve em terras indígenas de Roraima e Mato Grosso do Sul para investigar denúncias de genocídio dos povos indígenas e comunidades afro-brasileiras. Ela ouviu lideranças, conheceu projetos e reivindicações.
Alice disse que não veio ao Brasil para caracterizar crimes e nem determinar se foi cometido genocídio, lembrou que sua intenção é proteger os grupos, assegurar que não passem por esses crimes e verificar quais são as ações genocidas ou não.
O relatório da ONU também chamou atenção para a negligência do governo de Jair Bolsonaro com os povos indígenas, reconheceu aumento da degradação e da presença de garimpeiros nos últimos quatro anos, mas apontou problemas estruturais que foram detectados anos antes da gestão do ex-presidente.
A presidente da Funai, Joenia Wapichana, avaliou que o momento é de reconstrução de fortalecimento das ações: “com a visita da ONU ela vai saber que nós não estamos parados, a Funai retornou às suas atividades, e que os povos indígenas hoje reconheçam que a Funai novamente retorna como aliado”.
Fonte: SBT News
Tags: Brasil, ONU, Organização das Nações Unidas, povos indígenas