O Janeiro Roxo foi criado em 2016 e tem o último domingo do mês como data símbolo. Nesse dia é celebrado o Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase. A hanseníase tem cura, mas, se não tratada, pode deixar sequelas. E no mês de combate à doença, a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) lançou a campanha Enredos da Hansen(IA)se. A iniciativa  usa a inteligência artificial para reunir as palavras e os assuntos mais comentados sobre o tema para compor a letra de um funk brasileiro que aborda a importância do diagnóstico precoce e do tratamento.

Entre janeiro e novembro de 2023, o Brasil diagnosticou ao menos 19.219 novos casos de hanseníase. Mesmo que preliminar, o resultado já é 5% superior ao total de notificações registradas no mesmo período de 2022.

No Maranhão, 2.274 casos da doença foram registrados no ano passado, segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). O relatório aponta ainda que, desse total, 168 das novas ocorrências foram em crianças e adolescentes de até 15 anos.

O que é hanseníase?

Considerada uma das mais antigas doenças a afligir o ser humano, a hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa que atinge a pele, mucosas e o sistema nervoso periférico, ou seja, nervos e gânglios. Embora tenha cura, pode causar lesões e danos neurais irreversíveis se não for diagnosticada a tempo e tratada de forma adequada.

Entre os sinais e sintomas mais frequentes estão o aparecimento de manchas, que podem ser brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas, e/ou áreas da pele com alteração da sensibilidade e o comprometimento dos nervos periféricos, geralmente com engrossamento da pele, associado a alterações sensitivas, motoras e/ou autonômicas.

Também podem ser indícios da doença o surgimento de áreas com diminuição dos pelos e do suor; sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés; diminuição ou perda da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés, bem como a ocorrência de caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.

Em crianças, o diagnóstico exige uma avaliação mais criteriosa, devido à dificuldade de aplicação e interpretação dos testes de sensibilidade. Além disso, é bom estar atento, pois casos infantis são indicadores de transmissão ativa da doença, especialmente entre parentes. Pessoas que convivem com quem tem a hanseníase transmissível têm três vezes mais risco de desenvolver a doença, devido ao contato próximo e prolongado.

Conheça o tratamento

O tratamento da hanseníase está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ele varia de seis meses nas formas paucibacilares a um ano nas multibacilares. Após o início da medicação, o paciente irá parar de transmitir a doença, não devendo ser afastado da sociedade. O tratamento é eficaz e cura.

 

 

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