Anthropic, rival da OpenAI, vai receber US$ 2 bilhões em investimento da Google

A gigante de tecnologia Google anunciou que investirá até US$ 2 bilhões (ou R$ 10 bilhões) na startup de inteligência artificial Anthropic, principal rival da OpenAI, que é dona do ChatGPT.

A empresa foi fundada em 2021 e é desenvolvedora do Claude 2, que um chatbot que funciona igual ao ChatGPT.

Segundo o canal de notícias norte-americano CNBC, o acordo prevê um aporte inicial de US$ 500 milhões (R$ 2,5 bilhões) e um adicional de US$ 1,5 bilhão (R$ 7,5 bilhões) ao longo do tempo. Isso porque, segundo a agência Bloomberg, a Google já tinha investido outros US$ 400 milhões (R$ 2 bilhões) para obter 10% da Anthropic.

A jogada da Google é para fazer frente na corrida pela inteligência artificial generativa contra a Microsoft, que é uma das principais investidoras da OpenAI, criadora do ChatGPT.

Além da Google, a Anthropic recebeu outros investimentos. A startup levantou outros investimentos e parcerias:

• Levantou US$ 300 milhões na última rodada de investimentos, liderado pela Spark Capital
• Amazon anunciou planos de investir até US$ 4 bilhões na startup e já fez um aporte inicial de US$ 1,25 bilhão
• Anthropic fechou uma parceria com o Google Cloud como provedor de serviços de nuvem

O que é a Anthropic?

Com sede em São Francisco, a empresa é liderada por ex-executivos da OpenAI, os quais seus principais executivos são Dario Amodei (CEO) e Daniela Amodei (presidente). 

A Anthropic ficou famosa por desenvolver o Claude, um chatbot muito semelhante ao ChatGPT, embarcado nas plataformas Slack, Notion e Quora.

O Claude 2 consegue resumir cerca de 75 mil palavras, ou seja, tem a habilidade de resumir rapidamente um pequeno livro, assim como grandes conjuntos de dados e resumos na forma de memorando ou cartas. O seu rival, ChatGPT, lida com cerca de 3 mil palavras.

Em entrevista ao canal de notícias CNBC, Daniela Amodei analisou que a empresa pode aproveitar a janela de oportunidade que existe devido a muita demanda por sistemas de grandes modelos de linguagem (LLM) que o mercado precisa.

“É um momento incomum do ponto de vista comercial, porque há muita demanda por grandes modelos de linguagem e mais demanda do que a indústria pode oferecer atualmente”, explicou a presidente da companhia.

A empresa que ela lidera está com uma equipe de 30 a 35 profissionais empenhada em um novo chatbot, com uma equipe de até 150  pessoas desenvolvendo a nova tecnologia.

“O cenário é amplo e há muito espaço para diferentes usuários fazerem uso desses sistemas”, finaliza Amodei.

Fonte: SBT News