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Alunos indígenas estudam ao lado de chiqueiro na Aldeia Caru

Uma escola deveria ser entregue ao indígenas pelo Governo do Estado, mas a obra nunca foi concluída.

A unidade escolar do Território Indígena Caru, localizado no oeste do estado do Maranhão, deveria abrigar 70 crianças e adolescentes do povo Awa Guajá. Entretanto, o prédio que começou a ser construído pelo Governo do Estado nunca foi concluído nem utilizado pela comunidade.

A denúncia foi feita pelos moradores aos representantes do Conselho Estadual de Direitos Humanos, durante uma visita de inspeção realizada no início desta semana ao território indígena. Ao chegarem à escola, os inspetores encontraram o telhado do pátio central no chão da unidade.

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Em entrevista ao “Tá Na Hora Maranhão” na última quinta-feira (16), o Presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos, Luís Antônio Pedrosa, informou que as lideranças do povo Awa já haviam denunciado a situação da escola e que vários termos de ajustamento de conduta foram ignorados pelos órgãos responsáveis.

Atualmente, as crianças e adolescentes do povo Awa Guajá estudam em um galpão perto de um chiqueiro de porco. Coberto com telha brasilit, o local é considerado muito abafado pelos professores e alunos.

“Há um vazio de políticas públicas quando o assunto é educação indígena. O matagal está tomando conta da escola que nunca foi concluída, e as condições sanitárias são péssimas”, declarou o conselheiro.

Por conta das condições do lugar, muitos alunos foram proibidos pelos próprios pais de frequentarem a escola, visto que a insalubridade do ambiente estaria adoecendo os estudantes. Segundo a líder indígena Rosa Tremembé, o descaso com os povos indígenas é frequente e exige atenção governamental.

“Muitas escolas do Maranhão, voltadas para educação indígena, não têm sequer cadeira para sentar. Não tem quadro para o professor escrever, nem recursos pedagógicos. Falta merenda escolar, falta água. Professores ministram várias disciplinas quando deveriam lecionar apenas uma”, desabafou Rosa.

Histórico

Em abril, a situação de duas escolas indígenas do município de Itaipava do Grajaú chamou a atenção dos maranhenses para o descaso com os povos originários. Uma das escolas, localizada na Aldeia Geralda Toco Preto, é marcada pela falta de manutenção que compromete a estrutura do prédio e a segurança dos estudantes.

Outra unidade de ensino, desta vez na Aldeia Araruna, funcionava em uma casa de taipa, onde alunos não tinham acesso a banheiro nem merenda escolar. Já no início de maio, uma nova denúncia mostrou o envio de alimentos estragados para escolas indígenas do estado, que eram destinados à merenda escolar de crianças e adolescentes.

O Sistema Difusora entrou em contato com o Governo do Estado, mas não obteve resposta.

Confira a matéria completa exibida pelo Tá Na Hora Maranhão:

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