O animal foi atingido por uma motocicleta na última quinta-feira (11) ao atravessar a Avenida dos Portugueses, em São Luís.
-dezembro 15, 2025
O animal foi atingido por uma motocicleta na última quinta-feira (11) ao atravessar a Avenida dos Portugueses, em São Luís.
Na última quinta-feira (11), uma cachorra foi atingida por uma motocicleta ao tentar atravessar a Avenida dos Portugueses, na região do Bacanga em São Luís. O animal saiu gravemente ferido do acidente, mas felizmente foi socorrido pela jovem Lorena Monteiro, de 27 anos, que se solidarizou em ajudar na recuperação da cachorra.
Em entrevista ao Portal Difusora News, a estudante de Economia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) relatou que estava indo para a aula quando se deparou com o engarrafamento causado pelo acidente.
“Eu já estava atrasada e tentei seguir por um atalho, mas acabei furando o pneu bem próximo ao local onde o atropelamento havia ocorrido. Parei em uma borracharia próxima, mas não foi possível consertar o pneu naquele momento, então deixei lá para buscar no dia seguinte”, contou Lorena.
Enquanto estava na borracharia, a jovem percebeu a cachorra deitada no chão sem expressar reações. Lorena contou que até pensava que o animal era de alguém da oficina.
“Em determinado momento, ela começou a se arrastar até mim, ainda em silêncio. Achei que fosse um problema pré-existente e não associei de imediato ao acidente, até porque naquele momento eu ainda não tinha visto nenhuma notícia sobre o atropelamento”, relatou.
Ao saber da notícia do acidente, a jovem contou que no dia seguinte retornou na oficina e se comprometeu em ajudar a cadela. “No dia seguinte, preparei comida, água e medicação para dor e voltei ao local. Ela estava deitada, sentindo muita dor”.
Com ajuda de uma outra pessoa, Lorena conseguiu levar a cachorra até o Hospital Municipal Veterinário do Bacanga, onde o animal passou por exames de raio-x e de sangue.
“Lá constataram uma fratura na coluna, na região toracolombar. Foi informado que ela precisaria de uma consulta com um neurocirurgião ou ortopedista e de uma tomografia, procedimentos que não eram realizados no hospital municipal. Recebi então a indicação de um cirurgião ortopedista”, disse.
Além dos danos causados pelo acidente, a estudante informou que foram identificados sinais de maus-tratos como marca de enforcador no pescoço da cadela e infestação por carrapatos e pulgas, além de doenças transmitidas por esses parasitas.
Após consultar o cirurgião ortopedista, o médico relatou que a medula óssea do animal está gravemente comprometida, havendo chances da cadela não voltar a andar.
“Ele chegou a me oferecer a possibilidade de eutanásia, pois teria o agravante de ela não conseguir fazer suas necessidades fisiológicas sozinha, mas como a cirurgia já estava em andamento e eu acreditava que ela merecia mais um tempo. Pedi que o procedimento fosse finalizado”, contou a estudante.
No pós-operatório, a cachorra permaneceu medicada, mas outros problemas de saúde foram identificados como alterações no fígado e a presença de secreção vaginal, que ainda está sendo investigada com novos exames, incluindo ultrassonografia.
“Atualmente, não apresenta mais febre, e estamos aguardando para acompanhar a evolução da recuperação”.
Após divulgar em suas redes sociais que estava ajudando a cadela, nomeada como “Guerreira”, Lorena recebeu diversas mensagens de pessoas querendo ajuda-la com a recuperação da cachorra.
“Muitas pessoas se mobilizaram e ajudaram com doações via Pix, o que tem sido fundamental, mas os custos continuam altos. Ela ainda precisará de fisioterapia e, caso não volte a andar, de uma cadeira de rodas, fraldas e cuidados contínuos para garantir o mínimo de conforto e qualidade de vida”, afirmou Lorena.
A estudante declarou que continuará cuidando dela até que seja possível encontrar um lar adotivo que esteja disposto a oferecer todos os cuidados necessários a Guerreira.
“O objetivo agora é garantir que ela tenha dignidade, tratamento adequado e uma chance real de viver com amor e respeito”, declarou.
Para realizar doações para ajudar a custear a recuperação da Guerreira, a estudante relatou que os interessados poderão consultar o perfil no Instagram @farmapet_solidario, projeto criado em 2024 por Lorena com objetivo de ajudar outros animais em situação de vulnerabilidade.
“Hoje, eu vejo que a Guerreira foi um sinal, um incentivo para eu dedicar tempo, energia e parte da minha vida a essa causa e conseguir ajudar outras pessoas e outros animais”, declarou Lorena.