O termo se popularizou após o influenciador digital Felca postar um vídeo que denunciava esse comportamento “adultizado” de menores nas redes sociais.
O termo se popularizou após o influenciador digital Felca postar um vídeo que denunciava esse comportamento “adultizado” de menores nas redes sociais.
Cada vez mais o ato de compartilhar sua rotina, registrar momentos marcantes e de interagir com outras pessoas através das redes sociais vem se tornado mais comum na vida dos brasileiros. Perfis são criados a todo instante, seja para criação de conteúdo ou apenas ser considerado um “habitante” desse mundo virtual.
📲 Clique e participe do canal do Difusora News no Whatsapp!
Após um vídeo viralizado em que denunciava diversos perfis, o influenciador digital Felca Bress impulsionou para conhecimento geral o termo “adultização”, que se refere a definição de crianças e adolescentes que demonstram um comportamento adulto na internet. Segundo a professora de psicologia, Luciane Fontinele, esse comportamento nas redes sociais pode gerar diversos impactos e prejuízos na saúde mental dos menores.

“As possíveis repercussões à saúde mental são diversas e isso é um problema de muitas camadas. O uso das redes sociais por si só já está associado a altos índices de ansiedade nos usuários. A exposição a esses conteúdos acelera o desenvolvimento de queixas relacionado à autoimagem, desmotivação, comparação e também na perda de vivências próprias da fase infantil que são fundamentais para o desenvolvimento dessas crianças e adolescentes”, afirmou Luciane.
De acordo com o relatório Digital 2025: Brazil, de Meltwater e We Are Social, o país possuí cerca de 183 milhões de pessoas conectadas à internet no ano de 2025. Desde novos, algumas crianças já possuem perfis em redes sociais, como é o caso da Lua, filha da influenciadora Vih Tube, e da Maria Alice e Maria Flor, filhas de Zé Felipe e Virgínia.
“No que se refere à idade ideal, ainda não temos exatamente um consenso universal quanto ao tema, mas existem algumas recomendações. Antes dos dois anos é recomendado que os responsáveis evitem o contato dos menores com as telas. A partir dos dois anos, é possível inserir o uso das mídias sem grandes perdas, contando que essa exposição seja mínima durante o dia (uma ou duas horas) sempre equilibrando com outras atividades”, disse a psicóloga.
Considerando que qualquer uso de redes sociais oferece perigos na fase infantil, Luciane ainda relata como os responsáveis possam prevenir esse comportamento de “adultização”. “A internet atualmente precisa encontrar meios de regular como e quais conteúdos chegam no público infantil, mas até lá é necessário que os responsáveis pelos menores estejam atentos ao tipo de conteúdo consumido, sempre mantendo a relação com diálogo”, disse.