Vítima de 14 anos foi agredida por outras garotas de idade próxima, a mando de integrantes do crime organizado.
-dezembro 19, 2025
Vítima de 14 anos foi agredida por outras garotas de idade próxima, a mando de integrantes do crime organizado.
Uma adolescente de 14 anos foi agredida brutalmente na noite desta quinta-feira (16), em Imperatriz, em um cemitério no bairro Parque Alvorada I. Ela foi vítima de um “tribunal do crime”, método ilegal realizado por integrantes de facções criminosas para “disciplinar” pessoas que cometeram delitos como roubos. A garota foi encaminhada ao Hospital Municipal de Imperatriz.
A Polícia Militar recebeu denúncias sobre o caso por volta das 20h. Ao chegarem ao local, tanto os envolvidos quanto a vítima não estavam mais presentes. Os agressores teriam fugido para uma área de matagal ao notarem que as viaturas se aproximavam.
Posteriormente, a equipe da PM foi até a casa da adolescente. Mesmo com muitas lesões, inclusive uma suspeita de fratura no braço, a jovem conseguiu escapar do cemitério. No entanto, devido ao abalo emocional com a violência sofrida, ela não quis conversar com as autoridades e foi encaminhada à emergência hospitalar.
A polícia deu continuidade às investigações e, a partir de imagens de câmeras de segurança, identificou quatro homens maiores de idade, todos já de conhecimento da PM por delitos anteriores. Havia, ainda, três jovens de idade similar à da vítima envolvidas, que teriam sido as responsáveis pelo espancamento, a mando dos adultos.
A guarnição responsável pelo caso acredita que as jovens foram cooptadas pelos criminosos. De acordo com o tenente Cozzi, a motivação do crime estaria relacionada ao desaparecimento de um celular. A vítima e as outras adolescentes estavam juntas em uma festa no bairro Vilinha, onde consumiam bebidas alcoólicas. Durante o evento, um celular sumiu, e as “amigas” da vítima a acusaram de ter roubado o aparelho, o que levou à realização do “tribunal do crime” contra ela.
A adolescente agora será amparada pela proteção do Conselho Tutelar, enquanto aguard a chegada do pai, que mora em outro município do interior do Maranhão. Já a polícia segue em busca dos criminosos.
O Portal Difusora News solicitou atualizações sobre o caso à Polícia Militar, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.