O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que mais de 73 mil mulheres recebem o diagnóstico de câncer de mama anualmente no Brasil.
-dezembro 5, 2025
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que mais de 73 mil mulheres recebem o diagnóstico de câncer de mama anualmente no Brasil.
Um relatório do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) revela que, apesar do número suficiente de mamógrafos no país, o acesso igualitário ao rastreamento e tratamento do câncer de mama ainda é um desafio. O Atlas da Radiologia no Brasil aponta que metade dos 6.826 equipamentos registrados está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), responsável por atender 75% da população, o que equivale a 2,13 mamógrafos por 100 mil habitantes dependentes do SUS.
Na saúde suplementar, que cobre 25% da população, a proporção é de 6,54 aparelhos por 100 mil beneficiárias, quase o triplo da rede pública. Essa disparidade é evidente em estados como o Acre, com 35,38 mamógrafos por 100 mil habitantes na rede privada, contra 0,84 no SUS.
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Segundo Ivie Braga de Paula, coordenadora da Comissão Nacional de Mamografia do CBR, gargalos como problemas de informação, comunicação, acesso e logística dificultam o acesso aos exames, principalmente na Região Norte.
A cobertura de mamografias no Brasil é de apenas 24%, enquanto o ideal recomendado pela Organização Mundial da Saúde é de 70%. Em setembro, o Ministério da Saúde ampliou as diretrizes de rastreamento, recomendando mamografias para mulheres entre 40 e 49 anos, mesmo sem sintomas. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que mais de 73 mil mulheres recebem o diagnóstico de câncer de mama anualmente no Brasil.
“O que é efetivo na redução da mortalidade é você descobrir o tumor antes de ter sintoma clínico. Quanto menor o tumor, melhor para a gente descobrir o tratamento e maior a chance de cura. E a gente só consegue fazer isso com exames de imagem”, afirma Ivie.