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“A única coisa que pensava era que ia morrer depois que ele terminasse”, relata vítima de treinador de handebol 

Vítima de 37 anos fala com exclusividade ao Portal Difusora News sobre abusos sofridos há mais de 20 anos

Nesta quarta-feira (9), a Polícia Civil prendeu um treinador de handebol de 54 anos, suspeito de cometer estupros contra alunas em Santa Inês.

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Uma das vítimas, hoje com 37 anos, concedeu entrevista exclusiva ao Portal Difusora News e relatou os abusos sofridos quando tinha apenas 12 anos. O suspeito atuava em escolas da região há mais de 30 anos. 

Acompanhe a entrevista 

Como tudo começou?

“Os abusos começaram aos 12 anos. O professor me chamou na casa dele para uma reunião com o time, mas quando cheguei, não tinha ninguém. Ele trancou a casa, prendeu o cachorro e me levou para o quarto. A única coisa que pensava era que ia morrer depois que ele terminasse. Ele dizia para eu ‘empurrá-lo’ se doesse, mas quanto mais eu tentava, mais ele me forçava.” 

O agressor fez ameaças? 

“Sim. Depois dos abusos, ele ameaçou matar minha avó. Ia até minha escola e me tirava da sala, dizendo que eu tinha que ir à casa dele. Convivi com isso por anos.” 

Quando você contou sobre os abusos pela primeira vez? 

“Aos 14 anos, boatos surgiram na cidade, e a diretora me chamou. Contei tudo, mas ela não fez nada. Só me deu uma bolsa de estudos como um ‘cala boca’.”

Ele abusou de outras crianças? 

“Ele dizia que fazia ‘avaliação física’ nas meninas. Tirava a roupa delas, apalpava os seios e introduzia os dedos nas partes íntimas, alegando que era um ‘exame preventivo’. Lembro que ficava uma fila de meninas e ele dizia que estava cuidando da gente.”

O suspeito passava imagem de boa pessoa? 

“Ele era agressivo e bebia muito, mas sempre que a diretoria tentava demiti-lo, mobilizava alunos para protestar a favor dele.” 

O que sentiu ao saber da prisão dele? 

“Fiquei feliz, quase comprei fogos! Mas me preocupei: se só agora houve denúncias com menores, quantas meninas sofreram o mesmo? Ele seguia o mesmo padrão: levar para um quarto, tirar a roupa sob o pretexto de ‘avaliação’.

Como isso afetou sua saúde?

Desde a prisão, estou tremendo. Tive que aumentar a dose do remédio para dormir. Hoje, tomo ansiolíticos e antidepressivos. Tenho medo de pegar Uber, desconfio de homens que se aproximam. Até duvidei dos jornalistas que me contataram. Com 37 anos, ainda tenho medo dele.

O que você quer que aconteça com ele? 

“Quero justiça. Que ele fique na prisão. Ele destruiu muitas vidas. Adultos sabiam e não agiram. Quando mais nova, eu pensava: ‘Quem sou eu para denunciar?’” 

Como vê a situação das vítimas hoje? 

“Hoje, com a internet, é mais fácil denunciar. Na minha época, celular só fazia ligação. Peço: se sofrer qualquer assédio, denuncie! Criminosos têm que ficar na cadeia. Falo por toda uma geração abusada por esse homem.”

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