
A greve dos rodoviários, iniciada na última segunda-feira (17), mantém a capital maranhense sem transporte público. O movimento reacendeu debates sobre o preço da passagem, a qualidade da frota e o valor do subsídio repassado pela Prefeitura às empresas do setor.
De acordo com apuração da TV Difusora, confirmada pela Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT), o valor total dos subsídios ao transporte público chegou a R$ 169 milhões. O montante deveria ter sido investido em melhorias no sistema, mas a população ainda enfrenta problemas como a redução da frota e a circulação de veículos sem ar-condicionado.
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Em um acordo firmado em 31 de maio de 2023, as concessionárias se comprometeram a operar com pelo menos 708 veículos nos dias úteis, além de garantir o retorno de 25% da frota com ar-condicionado e incluir 80 ônibus novos até setembro do mesmo ano.
O Sindicato das Empresas de Transporte (SET) contesta os valores repassados e afirma que não tem como atender às reivindicações dos rodoviários sem um reajuste no subsídio. Enquanto o impasse continua, a população sofre com a falta de transporte e teme um possível aumento na tarifa.
“Nós entendemos que a categoria tem o direito de fazer as reivindicações, mas entendemos que é um valor bastante alto, impossível da gente fazer um reajuste de 15%. Então hoje houve várias tentativas de conciliações, acho que deve acontecer novas reuniões”, descreveu o diretor executivo do SET, Paulo Pires.
Na noite desta terça-feira (18), o prefeito Eduardo Braide anunciou em suas redes sociais que apresentará, nesta quarta-feira (19), mais detalhes sobre o funcionamento do projeto.
O que os passageiros esperam é que os ônibus voltem a circular e que os serviços prestados sejam, de fato, melhorados.