Queda da ponte traz alerta sobre contaminação do Rio Tocantins

A queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conectava os estados do Tocantins e Maranhão, gerou preocupações quanto à contaminação do Rio Tocantins e possíveis impactos no abastecimento de água para cidades da região. A situação mobilizou especialistas e autoridades para avaliar os riscos ambientais e à saúde pública.

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Marcelo Francisco da Silva, professor da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL) e especialista em limnologia, apontou que, além do combustível dos veículos que caíram no rio, cargas tóxicas, como ácido sulfúrico, representam sérios riscos. No entanto, ele ponderou que a profundidade e a correnteza do Rio Tocantins podem facilitar a diluição desses contaminantes.

O professor explicou que o ácido sulfúrico altera o pH da água, libera sulfetos e pode reativar metais pesados do sedimento, o que pode causar danos à fauna aquática, assim como riscos à saúde humana, especialmente em casos de ingestão ou contato direto.

Riscos imediatos à população

As áreas mais próximas ao local do acidente, como Estreito e Porto Franco, precisam de maior vigilância. Em cidades mais distantes, como Imperatriz, o impacto é menos significativo. No entanto, Marcelo alertou ser essencial evitar o consumo de água do rio até a conclusão de análises mais detalhadas.

Contaminação impacta ecossistema

Os componentes químicos despejados no rio também afetarão a fauna aquática. O professor recomendou suspender temporariamente a pesca na região de Estreito até que os danos sejam completamente avaliados. Além disso, destacou a importância do monitoramento e da participação de pescadores no fornecimento de informações sobre o ecossistema, como a presença de peixes mortos.

Medidas preventivas

Seguindo orientações da Secretaria de Meio Ambiente, a CAEMA suspendeu temporariamente os sistemas de captação, tratamento e produção de água em Imperatriz. Além disso, a recomendação é que a população evite contato direto com a água e o consumo de peixes oriundos do trecho afetado.

Essas ações visam proteger a saúde da população enquanto especialistas e autoridades realizam estudos detalhados sobre os impactos ambientais e sanitários do acidente.

Tags: especialista, Maranhão, Ponte de Estreito, tocantins