Na próxima sexta-feira (22), São Luís será palco da segunda edição da Viradinha Afro Cultural, evento que celebra a diversidade cultural e reafirma a conexão com as raízes ancestrais e as culturas urbanas, em alusão ao Novembro Negro.
O festival de arte e cultura negra é promovido pelos dez anos de (re)existência do Instituto Yluguerê, em parceria com o Ministério da Cultura e patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.
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O Instituto Yluguerê, dedicado à educação, política e cultura afro-brasileira, tem como missão promover a diversidade através da educação étnico-racial.
A proposta do evento é impulsionar as carreiras de artistas negros, especialmente em um estado como o Maranhão, segundo maior em população afrodescendente no Brasil.
A Viradinha Afro Cultural reunirá 30 atrações, como cantores, bandas, poetas, dançarinos, DJs, atores, artesãos, chefs, estilistas e outros empreendedores culturais do Maranhão.
Ademais, a organização escolheu a Praça Deodoro, localizada no Centro Histórico de São Luís, como o local para o evento. A praça, símbolo de lutas e conquistas sociais, é um dos espaços mais emblemáticos da cidade, funcionando como ponto de encontro e celebração.
Walkerleny Soeiro, cientista social, cantora e compositora, e uma das coordenadoras do projeto, destaca:
“Vamos reunir na Viradinha Afro Cultural uma excelência artística negra que geralmente não vemos nos grandes eventos do Maranhão. Além da essência cultural, nosso projeto tem um caráter social e político, com foco na conscientização e na formação das relações étnico-raciais.”
Atrações
A programação será extensa, com mais de 12 horas de atividades abertas ao público, começando às 8h da manhã.
O evento contará com apresentações de uma grande orquestra percussiva, assim como apresentações de diversos estilos musicais, como samba, reggae, funk e hip hop. Além disso, haverá um cortejo que partirá do Largo do Carmo, passando pela Rua Grande até a Praça Deodoro.
Entre os artistas confirmados estão Ylúguerê, Paulinho Akomabu, Banda Guetos, Criola Beat, Bloco Akomabu, Omnirá, Juremê, Abibimã, Officina Affro, Aiyê Amadê, Abiyeyê Maylô, Ajayô e Deusas de Olorum.
Além disso, também contará com Tambores Que Falam, Regional Slz, Terreiro de Oyó, Coletivo Ébano, Heriverto de Marinheiro, Paula Guterres, Lilian Lima, Luís Guerreiro, Netos De Nanã, Samba de Mina, Arte Nossa, Ortnec, Dj Sereia, Afroprata, Matraca Bass, Yhago Sebaz e Andrey Menezes.
Para todas as idades
A programação é totalmente gratuita e aberta a todas as idades.
O evento também contará com uma feirinha gastronômica, assim como de produtos, além de espaços de acessibilidade para garantir a participação de todos.
O festival valoriza a identidade negra, bem como a cultura urbana, criando um espaço de visibilidade para artistas e ideias, por meio de diálogos e afetos.
afirma Wal, coordenador do evento.
“Temos como força motriz nossos saberes populares e de ancestralidade”,