Maranhão lidera número de assassinatos de quilombolas no país, aponta relatório

O Maranhão registrou o maior número de assassinatos de quilombolas no Brasil, entre 2019 e 2024.

Os dados do relatório da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq), aponta 14 mortes de quilombolas no estado no período.

A quantidade representa mais de 30% dos 46 crimes registrados no período pela Conaq em todo o país.

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Além disso, os crimes foram registrados em 10 municípios do estado e têm como principal motivação a disputa pela terra.

O relatório mostra ainda que três municípios concentram metade dos assassinatos: Arari (2), Santa Rita (3) e São Vicente Ferrer (2).

Aliás, em Santa Rita e São Vicente Ferrer, as mortes aconteceram no mesmo quilombo. Já em Arari, os casos foram em quilombos diferentes.

Ademais, os dez municípios maranhenses com registros de assassinatos de quilombolas foram:

  • Arari (quilombos Fleixeiras/Búfalos e Santo António);
  • Capinzal do Norte (quilombo Santa Cruz);
  • Caxias (quilombo Olhos d’Água do Raposo);
  • Codó (quilombo Palmeira do Norte);
  • Itapecuru-Mirim (quilomno Jaibara dos Rodrigues);
  • Pinheiro (quilombo Encantado);
  • Santa Rita (quilombo Cedro);
  • São João do Sóter (quilombo Jacarezinho);
  • São Vicente Férrer (quilomnbo Bom Lugar)

Ameaças
O relatório da Conaq aponta ainda que o Maranhão lidera também as situações de ameaças à comunidades quilombolas em todo o país.

Segundo o levantamento, foram registradas 22 ameaças de morte, de despejo e outras intimidações contra quilombolas no Maranhão entre 2019 e 2024.

Em todo o país, no período, a Conaq registrou 58 situações de ameaças enfrentadas pelas comunidades quilombolas.

Fogo
Além de ameaças de morte e outras intimidações, uma das estratégias usadas contra os quilombolas é o incêndio criminoso.

Segundo os dados da Conaq, foram contabilizadas duas ocorrências dessa prática no Maranhão. O fogo é utilizado para destruir casas, pertences e plantações.

Tags: crime, Maranhão, mortes, quilombo, relatório