O Maranhão está entre os estados com ocorrência de casos da febre oropouche. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou que foram registrados sete casos da doença no Maranhão, no primeiro semestre de 2024. Ainda de acordo com a SES, não foi registrado nenhum óbito.
Mais de 7 mil casos de febre oropouche foram confirmados no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. Em nota técnica publicada na semana passada, a pasta destaca a confirmação de 7.044 casos da doença em vários estados do território nacional.
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“À medida que os esforços para a detecção do vírus Oropouche (OROV) foram ampliados, identificou-se um aumento do registro de casos pelo território brasileiro, com detecção inédita em diversas UF (unidades da federação), pois, anteriormente, o registro de casos estava concentrado prioritariamente na Região Norte”, diz a nota técnica.
Transmissão e sintomas
A febre oropouche é transmitida por um arbovírus (vírus que são disseminados através de insetos e aracnídeos) e pode infectar pessoas e animais. Além disso, a doença possui dois ciclos de transmissão: um urbano e outro silvestre. No primeiro caso, o principal vetor é o mosquito Culicoides paraenses, conhecido popularmente como “maruim” ou “mosquito-pólvora”. Enquanto que o segundo, os principais animais hospedeiros do vírus são o próprio mosquito e também macacos e bichos-preguiça.
Em conversa com o Difusora News, o intensivista Dr Gustavo Alves explicou como ocorre a transmissão da doença e o quanto que ela é semelhante à dengue.
“Com relação à transmissão da febre Ouropuche, ela é muito semelhante à dengue. No caso, ocorre através de um mosquito. No ambiente urbano, o mesmo vai se contaminar de um hospedeiro, outra pessoa, um ser humano que ele está com a febre. Com o vírus, esse mosquito ele vai transmitir para um outro”, afirmou o infectologista.
Ainda de acordo com o especialista, a melhor forma de prevenção, inicialmente, é evitar o contato com o mosquito, além de se proteger com roupas adequadas e uso de repelentes. “A melhor forma é evitar a procriação desse mosquito. Vamos evitar criar ambientes que sejam propícios ao seu crescimento, além de utilizar roupas de proteção com cobertura maior do nosso organismo e repelentes para evitar a transmissão do vírus”, concluiu Gustavo Alves.
Entre os sintomas estão febre de início repentino, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, além de tontura, dor na parte posterior dos olhos, calafrios, náuseas, vômitos. Em cerca de 60% dos pacientes, algumas manifestações, como febre e dor de cabeça persistem por duas semanas. Não há tratamento para a doença. A prevenção é feita a partir da proteção contra os mosquitos transmissores.
Recomendação para gestantes
O Ministério da Saúde emitiu uma recomendação para que os estados façam uma intensificação na vigilância em saúde sobre a possibilidade, pois há possibilidade de contaminação em mulheres grávidas, uma vez que foi detectado a presença do anticorpo do vírus em amostras de casos de microcefalia e um caso de aborto espontâneo.
No documento, a pasta orienta que estados e municípios também intensifiquem a vigilância nos meses finais da gestação e no acompanhamento dos bebês de mulheres que tiveram infecções por dengue, Zika e Chikungunya ou febre de Oropouche. O ministério recomenda ainda coletas de amostras e preenchimento da ficha de notificação; que se alerte a população sobre medidas de proteção a gestantes, como evitar áreas com a presença de maruins (tipo de inseto) e mosquitos, instalar telas em portas e janelas, usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente.
Tags: febre oropouche, Maranhão, Saúde, vírus