Professores, pais e alunos realizaram uma manifestação em frente à Unidade de Ensino Básico São José, localizada no bairro do Bom Jardim. As reivindicações são por melhores condições estruturais para a escola, como a climatização precária das salas de aula e a falta de espaço adequado para atividades escolares. A escola atende cerca de 250 estudantes do primeiro ao nono ano do ensino fundamental.
Os pais afirmaram que, embora as salas estejam equipadas com aparelhos de ar condicionado, o funcionamento deles é deficiente, deixando os ambientes quentes, especialmente no período da tarde. Os alunos relataram ser quase impossível prestar atenção nas aulas, pois o sol que entra pelas janelas dificulta a visibilidade dos conteúdos no quadro, agravando ainda mais o desconforto dos alunos. Como medida paliativa, os professores decidiram reduzir o tempo das aulas de 50 para 35 minutos, completando a carga horária com tarefas para serem realizadas em casa.
O professor Aniceto Neto afirmou que nem os professores e nem os alunos aguentam mais a situação durante as aulas.
“Se chegou ao limite do calor nas salas de aula, onde os aparelhos de ar condicionado não funcionam, tem salas que têm três ventiladores, mas funcionam apenas dois, ventilador de parede. Chegamos ao limite. Toleramos, toleramos, foram encaminhadas as reivindicações. Não deram sequer um retorno para a gente sobre quando seria possível uma provável intervenção para resolver esses problemas e estamos nessa situação crítica”, revelou o professor.
Além dos problemas de climatização, a escola enfrenta a falta de espaço e áreas de vivência adequadas para os alunos. Segundo os professores, todas as atividades acontecem na sala, incluindo as refeições até a aula de educação física. Eles afirmaram que já foi solicitada a construção de uma quadra de esportes devido à impossibilidade da realização das atividades práticas.
Wanderson Fernandes, pai de um aluno autista que estuda na escola há quase dez anos, compartilhou sua frustração com a falta de atendimento especializado para seu filho.
“Meu filho não tem acompanhamento de um tutor que venha ficar com ele, ele nunca teve esse privilégio. A gente já foi à prefeitura várias vezes, já reclamamos pedindo ajuda e nada, nós não temos nenhuma resposta nem quando e se ele terá. Infelizmente, foram nove anos sem tutor”, lamentou Wanderson.
A unidade de ensino passou por algumas intervenções há dois anos, mas a diretoria do Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís (Sindeducação) constatou diversas falhas estruturais na escola.
“ Todas as etapas administrativas já foram tomadas, ofícios com pedidos para solucionar as reivindicações da Web São José, mas não é atendido, então os professores da comunidade escolar têm que chegar ao ponto de reivindicar, chamar a comunidade para fazer um ato para reivindicar a estrutura da escola.”, explicou a secretária-geral do Sindeducação, Rose Costa.
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