Servidores do Ibama no MA aprovam greve por tempo indeterminado

Servidores federais ambientais do Maranhão e de mais sete estados decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, a partir do dia 1º de julho. Os trabalhadores têm como pauta principal para a paralisação, a reestruturação da carreira da categoria. Além do Maranhão, entrarão em greve a partir de julho, os servidores do Distrito Federal, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Os funcionários públicos estão vinculados ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e ao Serviço Florestal Brasileiro.

De acordo com representantes dos servidores, apesar da primeira proposta de reestruturação da carreira ter sido apresentada em outubro do ano passado, a primeira reunião com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) ocorreu em 1º de fevereiro. De lá pra cá, houve negociações que esbarraram em uma última contraproposta apresentada pelo governo federal, em abril, encerrando os prazos para negociação.

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As assembleias da categoria aprovaram paralisação para servidores dos estados Acre, Espírito Santo, Goiás, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Tocantins, já a partir do dia 24 de junho.

Impactos
De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema Nacional), Cleberson Zavaski, a paralisação dos servidores do Ibama, prejudica as operações de fiscalização de proteção da Amazônia, que depende de viagens de servidores, que não estão indo à campo.

O andamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que dependem de licenciamento ambiental, também será paralisado por conta da mobilização dos servidores ambientais, informou o presidente da Ascema Nacional. Outro impacto do movimento dos servidores ambientais pode ser dar no aumento dos incêndios florestais, já que as operações de brigadas e de combate ao fogo no Pantanal, Cerrado e Amazônia não estão normalizadas.