O crime organizado é alvo de uma operação da Polícia Militar do Maranhão (PMMA). Policiais do Batalhão de Operações Especiais, da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (ROTAM), Batalhão de Choque e Centro Tático Aéreo (CTA) ocupam os bairros da Estiva, Ribeira e Vila Samara. O reforço do policiamento nos três bairros da capital começou nesta quinta-feira (13) e não tem previsão de término.
“São locais que estão tendo muitas ocorrências de roubos, homicídios e guerra entre facções e vamos realizar essa operação para deixar os moradores mais tranquilos. A PM vai estar lá através do 21º BPM, do Batalhão de Operações Especiais, da ROTAM e do Batalhão de Choque, tanto com viaturas como com aeronaves, até que a sensação de segurança volte para aquelas comunidades”, disse o tenente-coronel Diógenes Azevedo, comandante do Batalhão da Área Sul.
A disputa territorial entre as facções assusta a população e impactado diretamente a rotina da comunidade. Pelo menos dois homicídios têm relação direta com possível guerra entre as organizações criminosas.
A situação já era alertada pelo Grupo Difusora desde o ano passado, quando foi registrada uma chacina na Estiva. (Relembre o caso vendo o vídeo abaixo)
Na última terça-feira (11), Jakeline de Oliveira Sousa foi morta por integrantes de uma facção da Vila Samara. Os bandidos invadiram a residência da vítima para executar o filho dela que teria envolvimento com grupo rival.
No dia 10 de junho, Flávio Alves de Almeida foi encontrado morto em uma área de mata na Estiva. Ele estava amarrado e apresentava fraturas nos membros superiores e inferiores, além de ter um ‘buraco’ nas costas por onde os criminosos levaram o coração dele.
Sensação de insegurança e medo
Por conta da sensação de insegurança, alunos da escola Nossa Senhora Nazaré, antes conhecida como Fernando Magalhães, na Vila Samara, estão sem aulas há dois dias. O pai de um dos estudantes falou sobre a situação com o Difusora News.
“Só consigo sentir muita indignação e medo. Chego do serviço às 4h da tarde e tenho que me trancar com medo de invadirem minha casa e levarem o pouco que suei pra conquistar. Fico mais indignado, porque isso está impactando no futuro dos meus filhos, pois os professores não estão indo com medo”, denunciou.
O desabafo de um morador nascido e criado na Estiva, cujo nome não será revelado por segurança, resume o desespero com a situação. “A gente vive preso em casa e nem em casa estamos seguros. Achei que ia parar. Mas eles estão em guerra e vamos viver tudo de novo”.
Serviço de inteligência
O delegado Ivônio Ribeiro, que faz parte da Superintendência de Homicídios e Proteção a Pessoas (SHPP), falou sobre as investigações da onda de violência desencadeada nestes três bairros.
Segundo revelou em entrevista ao jornalista Judson Carvalho, no programa Bandeira 2, uma das linhas de investigações seguidas pela Polícia Civil é de que a guerra começou após a morte de Flávio Alves de Almeida na última segunda (10).
(Inserir vídeo da entrevista)
Tags: Coqueiro, Estiva, Maranhão, PM, Polícia Civil, São Luís, Vila Samara