Um motorista de aplicativo foi agredido e derrubado de sua moto após filmar um passageiro que não pagou corrida. Após a agressão, vários motociclistas foram até a casa do agressor e iniciaram um quebra-quebra.
Tudo aconteceu quando um motorista de aplicativo expôs um homem que pediu uma corrida, chegou ao seu destino e, no final, não pagou pela viagem. (veja o vídeo abaixo)
Ao perceber que estava sendo gravado, o homem agride o motoqueiro com socos e pontapés. O motorista de aplicativo cai no chão e, até o fim da gravação, não reage.
No entanto, um grupo no WhatsApp foi criado simplesmente para os motoqueiros marcarem uma vingança contra o homem que não pagou a corrida. O grupo foi ‘batizado’ como “Bolóló Agressor e Caloteiro”. “Bolóló” é um termo usado para dizer que uma pessoa bagunçou algo ou cometeu algum erro.
Os motoqueiros descobriram onde o homem residia e marcaram um encontro à meia-noite, no bairro Parque Vitória, em um posto de gasolina. De lá, o grupo foi em direção à sua residência.
Chegando à casa do homem, os motoqueiros gravaram um vídeo e é possível ver que um deles estava com um pedaço de madeira na mão e desferiu um golpe na porta da casa. (Veja o vídeo abaixo)
O Portal Difusora News entrou em contato com a Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC) e questionou quais são os delitos enquadrados nas duas situações.
A Superintendência de Polícia Civil da Capital informou que, na primeira situação, o homem que não pagou e agrediu o motoqueiro, em caso de Boletim de Ocorrência, poderá ser enquadrado pelo crime de agressão.
Em contrapartida, em caso de Boletim de Ocorrência, os motoqueiros poderão ser enquadrados nos crimes de agressão, calúnia, ameaça, dano e injúria.
Relembre outro caso
Há menos de um mês, três motoqueiros foram flagrados e identificados pela Polícia Civil chutando e derrubando o portão do Condomínio Ponta Negra, no bairro Jardim Renascença, em São Luís.
O caso aconteceu na noite de sábado, 18 de maio, sendo motivado pelo não pagamento de uma pizza. O homem, acusado de ter dado um “calote” em um motoboy, é professor e mora no condomínio.
Os três motociclistas foram intimados a prestar depoimentos à Polícia para esclarecer os atos de vandalismo, registrados em gravações feitas pelo próprio grupo de motoqueiros.
“Além de derrubarem o portão, fizeram uma confusão toda, levantando roda, fizeram zoada, jogaram fogos de artifício, rojões nas alturas ali da sacada. Fizeram isso com pessoas que eles nem conhecem, que não tinham nada a ver com a confusão do cara”, disse uma testemunha.
“Onde eu moro tem pessoas doentes, pessoas que dormem só respirando por aparelhos, tem pessoas autistas, têm crianças autistas, animais, então foi uma coisa assim que rompeu a barreira do silêncio e de todo convívio social, pessoas se assustaram, pessoas ficaram sem entender o que estava acontecendo”, relatou o jornalista Ricardo Santos.
O morador do Condomínio Ponta Negra, que não pagou a pizza que pediu, também já foi identificado, prestou depoimento e arcará com os prejuízos do condomínio.
Veja o vídeo:
Tags: Maranhão, motorista, motorista de aplicativo, São Luís