Mais de 50 atletas se mobilizam para protestar pela morte de Victor Gabriel Caldas Batista, 13 anos, atropelado por um carro nos arredores do estádio Castelão, no Complexo Esportivo Canhoteiro, no bairro Outeiro da Cruz, em São Luís.
O adolescente estava treinando para participar dos Jogos Escolares Ludovicenses e para outra competição quando ocorreu o acidente, registrado na noite desta quinta-feira (23). Na ocasião, o motorista foi detido e conduzido até o Plantão das Cajazeiras para prestar esclarecimentos.
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O atleta Renato Cruz disse que o protesto visa apoiar a família do menino e mostrar que a comunidade do esporte está insatisfeita com as obras que estão acontecendo no local. O percurso do protesto começa no local onde aconteceu o acidente e vai para o sentido da pista.
“Esse garoto treinava, tinha um projeto do próprio governador, até de talentos, que treinavam lá na pista. E simplesmente eles tiraram esse pessoal da pista e não deram uma satisfação. A gente quer fazer lá de onde começou para a gente ter a pista”, afirmou.
O professor e ex-presidente da Federação do Atletismo do Maranhão, Márcio Batista Miguens, pontuou que os atletas que se preparam para disputar provas usam as vias do entorno do Castelão.
Segundo disse ao Difusora News, como a pista de atletismo ‘desapareceu’ para dar lugar ao espaço para as festas do São João do Governo do Maranhão, a comunidade opta por locais alternativos para prática esportiva.
“A gente estava sem local para treinar, por isso buscamos um lugar alternativo para realizar as atividades. Mas, independentemente disso, o local do acidente sempre foi usado pelas pessoas para treinar’, afirmou o professor e ex-presidente da Federação do Atletismo do Maranhão, Márcio Batista Miguens, responsável pelo treino.
Nas redes sociais, algumas pessoas disseram que o local estava em completa escuridão.
A tia de Victor, Larissa da Silva, muito emocionada, contou ao Difusora News o quanto a família está triste pela perda do garoto.
“É uma dor que nunca vai passar. Uma dor que só a gente tá sentindo por ser tia, por ser mãe. De ver meu sobrinho aqui, deitado em um caixão, por culpa de imprudência de condutor. De saber que ele tá solto, de saber que ele pode dormir tranquilamente na casa dele. E a gente nunca mais vai poder dormir em paz. Que a gente nunca mais vai voltar a ser como era antes. Porque ele era um menino alegre, perfeito, estudioso. Tirou a vida de um rapaz inocente… que estava só apenas treinando… fazendo o que gosta… pra competir… essa dor nunca vai passar…” relatou Larissa.
O portal Difusora News tentou entrar em contato com o Governo do Estado para prestar esclarecimentos, mas até o momento não tivemos respostas.
Tags: Atleta, atropelamento, castelão