Em uma entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (26), a Secretaria de Estado da Segurança Pública apresentou detalhes sobre o desenrolar do sequestro do promotor de justiça aposentado Raimundo Reis Vieira, de 85 anos, libertado após passar mais de 60 horas sob o domínio dos criminosos.
Na ocasião, o superintendente interino da Superintendência Estadual de Investigação Criminal (Seic), delegado Jorge Pacheco, informou que os sequestradores conheciam o promotor, o que, segundo ele, facilitou o monitoramento da rotina da vítima e justifica também o alto valor pedido pelos criminosos para a libertação.
“Os criminosos sabiam que, além de promotor aposentado, ele é empresário, proprietário de vários imóveis e de comércio na região em que foi sequestrado”, destacou Jorge Pacheco.
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Três presos
A prisão das três pessoas suspeitas de envolvimento no sequestro foi realizada pela polícia antes da localização e libertação da vítima do cativeiro, situado em uma chácara na Vila Maracujá, na região do Maracanã, zona rural de São Luís.
Entre os três presos, está uma mulher presa em Santa Inês e trazida para São Luís por equipe do Centro Tático Aéreo (CTA). Segundo a Polícia Civil, a informação do cativeiro foi repassada pelo último suspeito, que foi preso horas antes da libertação do promotor e forneceu informações de onde a vítima estava sendo mantida.
Ainda segundo a polícia, com exceção da mulher, os outros dois suspeitos presos possuem antecedentes criminais. Um deles já foi preso por homicídio e o outro, considerado o líder da ação, possui várias passagens, apesar de ser o mais novo do trio.
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Investigações continuam
Conforme a Polícia Civil, as investigações continuam para prender as pessoas que mantinham o promotor como refém, já que quando a polícia chegou ao local, ele estava sozinho. “A investigação não para. Ela segue. Porque nós precisamos identificar mais. Nós temos já dois identificados com envolvimento, mas acreditamos que tenha mais gente”, disse o delegado geral da Polícia Civil do Maranhão, Jair Paiva.
Segundo o superintendente interino da Seic, delegado Jorge Pacheco, as três pessoas presas servirão para a continuidade das investigações, que continuam para desarticular todo o esquema do sequestro. “Essa aqui foi só uma etapa. A etapa prioritária era resgatar esse refém. Agora a gente vai pra cima de todo mundo e desarticular todo mundo”, concluiu.