Cerca de 150 mil passageiros estão sendo afetados pela paralisação repentina de aproximadamente 300 ônibus que fazem o transporte semiurbano nos municípios de Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Raposa, nesta quinta-feira (25).
A técnica de enfermagem Maria do Livramento, 50, explica que a paralisação pegou muita gente de surpresa, causando transtornos e aborrecimentos em diversos passageiros. “Fui pega de surpresa pela greve. Agora preciso pagar mais caro”, desabafou Maria.
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Com a greve, os preços dos transportes alternativos tendem a aumentar consideravelmente, quase duplicando o que seria cobrado em um dia normal.
Uma viagem de transporte de aplicativo da Forquilha para a Praia Grande custa de R$20,00 a R$ 30,00 em um dia comum, mas chega a custar mais de R$ 50,00 durante a paralisação dos rodoviários. “A gente faz a simulação e dá o dobro do valor. Fica mais caro e pesa no bolso”, reclamou Maria.
Os motoristas também foram surpreendidos com a greve, e chegaram a circular com os veículos durante a madrugada, interrompendo os serviços logo após o término da primeira viagem. Como resultado, diversos trabalhadores ficaram isolados durante o trajeto para o trabalho.
É o caso da estagiária Patrícia Almeida, que ficou presa no terminal de integração da Cohab e precisou de carona para chegar ao trabalho. Ainda com o auxílio do colega, Patrícia atrasou mais de 1 hora.
“A gente até escuta um burburinho, mas como não haviam oficializado nada, eu vim. Fiquei aqui esperando o segundo ônibus, que nunca chegou”, disse a estudante.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Marcelo Brito, disse que o problema aconteceu porque os salários não foram pagos. Segundo o presidente, a greve é um pedido de socorro. “Estamos pedindo auxílio a todos que puderem nos apoiar. O prazo de pagamento era desde o dia 20, e como não foi seguido, paralisamos”, informou Marcelo Brito.