Um relacionamento de dez anos terminou em tragédia na madrugada desta terça-feira (9), no bairro Alto da Esperança, em São Luís. Jhonata Santos de Sousa invadiu e matou a facadas Idelany do Nascimento Pestana, de 29 anos. Ela havia terminado o namoro há um dia.
Segundo a família da vítima, o suspeito usava luvas cirúrgicas para praticar o crime. Ele teria feito isso para tentar não deixar impressões digitais na arma e no local, onde o feminicídio foi registrado.
Jhonata Santos de Sousa afirmava para todos que era oficial do exército brasileiro, mas tudo não passava de mentira, conforme disse Verônica Nascimento, tia da vítima. Na realidade, Jhonata era motorista de Van e não aceitava o fim do namoro.
Ao Difusora News, Verônica contou que Jhonata Santos de Sousa mantinha um relacionamento conturbado com Idelany há cerca de 10 anos. A relação era marcada por constantes separações.
Idelany morava com os pais e a irmã, e recentemente havia adquirido uma casa com o suspeito. O agressor teria pulado o muro da residência de Idelany com a ‘desculpa’ de conversarem sobre o relacionamento deles.
Durante a conversa, eles passaram a discutir e, neste momento, Jhonata empurrou Idelany na piscina. Em meio a luta corporal, o rapaz a esfaqueou no pescoço.
Apesar dos gritos de socorro da vítima, o isolamento do forro da casa dificultou a intervenção imediata da família. Quando os parentes chegaram ao local, encontraram Jhonata ao lado do corpo de Idelany, negando envolvimento no crime.
A polícia foi acionada e chegou ao local horas após o incidente. A tia da vítima falou sobre as ações que foram tomadas logo após o crime, e a dificuldade de acionar os órgãos responsáveis.
“A polícia foi chamada e como estava demorando, uma das primas foi até a Polícia no Anjo da Guarda. Eles vieram e prenderam o suspeito em flagrante, depois vieram os peritos e fizeram os trabalhos, então levaram o corpo para o Instituto Médico Legal (IML)”, afirmaram os familiares.
Jhonata Santos de Sousa foi preso em flagrante. O Tenente Coronel Fábio Aurélio, da Polícia Militar, responsável pelo caso, classificou o ocorrido como um feminicídio premeditado, destacando a dificuldade de prevenir esse tipo de crime, que muitas vezes ocorre no âmbito doméstico e privado.
“Assim que recebemos a informação, viemos. E embora seja de difícil prevenção, é sempre importante estar atento ao menor sinal de violência, e acionar os profissionais capacitados para resolver”, informou o tenente.
As autoridades policiais seguem investigando o caso, e o suspeito será ouvido pelos oficiais.