Em meio ao aumento de casos de dengue registrados na Grande Ilha, moradores do município de Paço do Lumiar têm sido expostos ao contágio da doença, por conta da falta de saneamento básico na região.
É o caso dos residentes dos loteamentos Presidente Vargas e Santa Clara, no Maiobão, que há cerca de dois anos precisam conviver com um lixão, o que aumenta as chances de reprodução do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue. A informação dada pelos populares relata a falta de esperança no poder público, que teria ignorado os pedidos de ajuda da comunidade.
Segundo o autônomo Mizael Nascimento, de 48 anos, a prefeitura de Paço do Lumiar somente realizou a limpeza parcial do local na última terça-feira (05) após a denúncia do caso ser repercutida no programa Bandeira 2, da TV Difusora. “Eles fizeram a coleta parcial depois que a matéria foi exibida no Bandeira 2, mas o lixão continua”, desabafou o autônomo.
Mizael afirma que o problema é antigo e que as tentativas de entrar em contato com a prefeitura têm sido tratadas com descaso desde 2022. Para o autônomo, que cuida de uma idosa cadeirante de 94 anos, a situação é um risco à saúde.
“Desde 2022 a gente faz as petições pros gestores, e desde então somos ignorados. Tem uma hora que a gente simplesmente se sente abandonado. Esse contato direto com o lixão é um risco à saúde”, esclareceu Mizael.
Em nota, a Secretaria de Infraestrutura e Urbanismo de Paço do Lumiar (Semiu) informou que, em função das fortes chuvas que caíram nos últimos dias, os serviços de limpeza em alguns pontos foram interrompidos, inclusive na região dos loteamentos Presidente Vargas e Santa Clara. Porém, a prefeitura esclareceu que enviará uma equipe para fazer a retirada do material restante.
No vídeo abaixo é possível ver como ficou o lixão após a limpeza parcial realizada pela prefeitura.
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