Os usuários do serviço Travessia do município de Caxias, que deveria oferecer transporte gratuito facilitado para pessoas com deficiência, idosos e pessoas hipossuficientes, enfrentam desafios após o governo estadual retirar a central de agendamento da cidade.
Segundo o presidente da Associação dos Deficientes Visuais de Caxias, Fernando Melo, de 31 anos, o governo maranhense teria prometido a ampliação do projeto em 2021.
A expansão contaria com mais veículos para atender a demanda crescente da população, especialmente para os serviços de saúde. Porém, três anos depois o órgão não apenas faltou com a palavra, como dificultou o acesso ao serviço.
“Desde o encerramento do contrato com a central de agendamento em dezembro passado, tanto eu quanto outros usuários temos enfrentado dificuldades para realizar pré-agendamentos e garantir as viagens”, garantiu o presidente.
A central, que anteriormente realizava os pré-agendamentos e confirmava as viagens, foi substituída desde 12 de dezembro apenas pelo motorista e um veículo, sem equipe dedicada ao atendimento aos usuários. Agora, os pré-agendamentos são feitos através de um link, mas muitos usuários encontram dificuldades tecnológicas para acessá-lo e receber respostas adequadas.
A retirada da central de agendamento deixou os usuários sem um suporte eficiente para garantir suas viagens de forma rápida e adequada, impactando diretamente na qualidade de vida e na acessibilidade dessas pessoas.
“Antes, todo mundo podia ir até a central e fazer o agendamento presencialmente. Agora, quem tem dificuldade com a tecnologia, pouco acesso a internet ou coisas do gênero, simplesmente não consegue acessar o serviço. Um projeto que era para incluir, na verdade está excluindo”, desabafou Fernando.
O Difusora News entrou em contato com o Agência de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB), a fim de buscar esclarecimento sobre o tema, mas não obteve resposta.
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