O marido de uma técnica de enfermagem, de 40 anos, procurou a Polícia Civil de São Luís (MA) para denunciar a morte da esposa após complicação pós-parto na Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão. Ele diz que a esposa morreu por um erro médico.
O casal saiu de Peri-Mirim (MA) em busca de atendimento especializado em obstetrícia para Lusilene Nunes Martins, que estava grávida de 38 semanas. Ao chegar na Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão, os médicos informaram que ela precisava ser submetida a uma cesariana, pois apresentava sinais de pré-eclâmpsia.
Segundo o marido, Lionan Nunes, de 36 anos, a esposa não apresentava nenhum problema de saúde prévio e pontuou que nenhum exame foi feito. No entanto, depois do parto e da laqueadura feita em sequência, a mulher passou mal, vomitou e foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Três dias depois, Lusilene foi submetida a exames de tomografia, que constatou uma perfuração no intestino delgado. Lionan contou que os médicos deram para sua esposa um medicamento para o coração, alegando que ela estava com os batimentos fracos. Após essa medicação, os batimentos de Lusilene aceleram e ela precisou ser entubada e depois veio a falecer.
“É um verdadeiro descaso. Para mim houve negligência, imperícia da questão do suporte do médico. Ela veio bem de saúde, viemos felizes para São Luís e nossa história termina com um desfecho desses. Estou sem chão”, afirmou o homem.
Nesta semana, Lionan procurou a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Maranhão (OAB-MA) para pedir apuração da morte da esposa.
“O que estou passando hoje não quero que ocorra com outras pessoas. É uma situação muito difícil. A pessoa sai do interior em busca de um recurso melhor em uma maternidade de referência, com uma melhor estrutura e a gente se depara com uma situação dessas”, lamentou o viúvo.
O Presidente da Comissão de Direitos Humanos (OAB/MA), o advogado Erik Moraes, destacou que o caso está sendo acompanhando pela comissão. “A Comissão vai dar todo apoio jurídico à família, acompanhando toda a investigação, no intuito de garantir celeridade e transparência, para que se saiba o que de verdade aconteceu durante a realização do parto. Acionando a Polícia Civil e a Promotoria de saúde do Ministério Público”, disse o advogado.
Em nota enviada ao Difusora ON, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) disse que a Comissão de Óbitos da maternidade formada por médicos, enfermeiros e serviço de vigilância de óbitos analisa o caso.
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