Janeiro marca a campanha dedicada aos cuidados com a saúde mental. Após intensas pressões e trágicos incidentes influenciados por plataformas digitais, a Meta, responsável pelo Facebook e Instagram, ampliou as restrições para jovens usuários, para prevenir publicações consideradas prejudiciais, como aquelas relacionadas a suicídio, automutilação e transtornos alimentares.
Segundo a Big Tech, considerado impróprio para a idade, esse tipo de conteúdo já não era exibido para adolescentes no Reels e na aba Explorar, e agora também deixará de aparecer no Feed e nos Stories, mesmo que seja compartilhado por alguém que eles sigam.
Os usuários adolescentes – desde que não tenham mentido sobre sua idade quando se inscreveram no Instagram ou no Facebook – também verão suas contas colocadas nas configurações mais restritivas das plataformas e serão impedidos de pesquisar termos que possam ser prejudiciais.
“A partir de agora, quando as pessoas pesquisarem por termos relacionados a suicídio, automutilação e transtornos alimentares, começaremos a ocultar resultados relacionados a esses assuntos e vamos direcioná-los para recursos especializados para obter ajuda”, disse a Meta.
“Veja o exemplo de alguém postando sobre sua luta contínua contra pensamentos de automutilação. Esta é uma história importante e pode ajudar a desestigmatizar estas questões, mas é um tema complexo e não é necessariamente adequado para todos os jovens”, continuou.
O anúncio da Meta surge num momento em que a empresa tem sido alvo de órgãos reguladores de diversos países e enfrenta processos judiciais em dezenas de estados dos Estados Unidos, que a acusam de prejudicar os jovens e de contribuir para a crise de saúde mental juvenil ao conceber, consciente e deliberadamente, funcionalidades que viciam as crianças nas suas plataformas e as expõem a conteúdos potencialmente prejudiciais.
Alterações nas experiências de anúncios
Ainda segundo o anúncio, a Meta passará a restringir ainda mais o acesso de anunciantes aos adolescentes. A partir de fevereiro, eles não terão mais acesso ao gênero do adolescente, e só poderão usar idade e localização para impulsionar os anúncios.
No mais, dados de engajamento, como as curtidas em publicações do Instagram e ou páginas do Facebook, não serão mais utilizados para influenciar quais anúncios são vistos por adolescentes.
“Reconhecemos que os adolescentes não estão necessariamente tão preparados quanto os adultos para tomar decisões sobre como seus dados online são usados para publicidade, principalmente quando se trata de mostrar produtos para compra”, afirmou a empresa.
“Por esse motivo, estamos restringindo ainda mais as opções que os anunciantes têm para alcançar os adolescentes, bem como as informações que usamos para exibir anúncios para este grupo de idade”, pontuou.
*Com informações do SBT News
Tags: facebook, instagram, Janeiro Branco, jovens, meta, restrições, saúde mental