Prometendo movimentar R$ 4,64 bilhões na economia brasileira, a Black Friday acontece nesta 6ª feira (24.nov). O dia de promoções é super buscado pelos consumidores e acaba sendo alvo de grupos criminosos, que aproveitam da euforia do grande volume de ofertas para aplicar golpes. Para evitar isso, alguns cuidados são essenciais.
Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), uma das principais abordagens dos criminosos durante a Black Friday é a divulgação de páginas falsas que simulam e-commerce. A criação de perfis falsos de lojas em redes sociais também é comum, bem como o envio de promoções inexistentes por e-mail, SMS e WhatsApp.
Quando receber alguma oferta, é sempre importante fazer o seguinte questionamento: “O produto está com o preço muito abaixo do que é vendido no comércio em geral?”. Se sim, é provável que seja um golpe. O mesmo pode ser identificado caso o vendedor esteja fazendo pressão para fechar logo uma compra dizendo que ela pode ficar indisponível.
“Sempre fique muito atento. O produto tem um preço médio no comércio de R$ 1.000, mas alguém está anunciando o mesmo item por R$ 300? Há fotos e vídeos de antes e depois de produtos com resultados mirabolantes? A loja oferece poucas opções de pagamento? O e-commerce é recém-criado em rede social? Pare, pense e desconfie. Pode ser golpe”, alerta Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.
Além das páginas falsas, os criminosos tendem a clonar sites de varejistas famosos para induzir os consumidores ao erro, trocando ou colocando uma letra a mais no endereço do site. Um bom exemplo é a troca da letra “o” pelo número “0”, que, muitas vezes, fica imperceptível aos olhos do comprador. O ideal é sempre digitar o endereço do site direto na barra do navegador e evitar clicar em links enviados por e-mail ou SMS.
Outra situação de golpe ocorre em lojas em redes sociais. Geralmente são perfis recém-criados, com ofertas muito vantajosas e com 100% de depoimentos positivos de compradores recomendando a venda.
“Golpistas criam perfis falsos que investem em mídia para aparecer em páginas e stories de redes sociais, inclusive com depoimentos falsos de compradores. Também usam sites de vendedores de depoimentos e bancos de fotos e vídeos internacionais para dar crédito ao produto e enganar o consumidor”, adverte Volpini.
Veja as 10 principais dicas para fazer compras seguras nesta Black Friday:
– Dê preferência aos sites conhecidos para as compras e verifique a reputação de endereços não conhecidos em páginas de reclamações;
– Tenha muito cuidado com e-mails de promoções que tenham links. Ao receber um e-mail não solicitado ou de um site no qual não esteja cadastrado para receber promoções, é importante verificar se realmente se trata de uma empresa idônea. Acesse o site digitando os dados no navegador e não clicando no link;
– Sempre desconfie de empresas que pedem pagamentos antecipados e prometem entregas em prazos longos;
– Verifique com atenção as formas de pagamento oferecidas pelo e-commerce e desconfie quando existem poucas opções;
– Desconfie das promoções cujos preços sejam muito menores que o valor real do produto, pois criminosos se utilizam da empolgação dos consumidores em fazer um grande negócio para coletar informações e aplicar golpes;
– Golpistas criam perfis falsos de lojas e patrocinam posts nas redes sociais para enganar o consumidor. Verifique se a página tem selo de autenticação e número de seguidores compatíveis. Desconfie de páginas recém-criadas;
– Dê preferência para o uso de cartão virtual nas compras online;
– Se for fazer uma compra presencial com cartão, sempre confira o valor na maquininha de cartão antes de digitar a sua senha;
– Insira você mesmo o cartão na maquininha. Caso tenha entregado o cartão ao vendedor, sempre verifique se o cartão devolvido é realmente o seu. Golpistas costumam aproveitar o momento de empolgação e aglomeração no comércio de rua para trocar o seu cartão;
– Se for pagar com Pix, sempre faça o pagamento dentro do ambiente da loja virtual. Quando o varejista fornecer o código QR Code, confira com atenção todos os dados do pagamento e se a loja escolhida é realmente quem irá receber o dinheiro. Só após essa checagem detalhada, faça a transferência. A mesma dica vale para pagamentos com boletos.
Fonte: SBT News