O cesar-fogo temporário da guerra entre Israel e Hamas terá início nesta sexta-feira (24), às 2h, horário de Brasília (7h, em Gaza). A informação foi divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do Catar. O acordo para a trégua inclui a troca de 50 reféns por 150 presos palestinos no território israelense.
Os dois lados conflito já receberam listas com nomes das pessoas que serão libertadas. Segundo o Ministério das Relações Exteriores catari, o Hamas vai soltar 13 reféns — mulheres e crianças — na primeira leva, que deve ocorrer às 11h de 6ª feira (16h em Gaza).
Official Spokesperson for Ministry of Foreign Affairs @majedalansari: The humanitarian pause in Gaza will begin at 7 am on Friday November 24#MOFAQatar
— Ministry of Foreign Affairs – Qatar (@MofaQatar_EN) November 23, 2023
Na quarta-feira, o Catar, que atua como um mediador da guerra, havia anunciado uma trégua de quatro dias, negociada com a troca dos reféns pelos presos. No entanto, fontes de ambos os lados relataram que o acordo deveria ser efetivado apenas na 6ª feira.
A comunidade internacional enxerga a trégua com otimismo e considera o gesto como um primeiro passo de uma trégua mais duradoura.
Official Spokesperson for Ministry of Foreign Affairs @majedalansari: The first batch of hostages will be released from Gaza at 4pm on Friday November 24.#MOFAQatar
— Ministry of Foreign Affairs – Qatar (@MofaQatar_EN) November 23, 2023
O conflito
O guerra no Oriente Médio chegou ao 47º dia nesta 5ª feira e já deixou pelo menos 13.702 mortos — cerca de 1.402 do lado israelense e 12.300 em Gaza, segundo o Ministério da Saúde da região, comandado pelo Hamas.
O confronto teve início no dia 7 de outubro, após ataques do braço armado do Hamas ao território israelense. A ação deixou centenas de mortos, e o grupo extremista também sequestrou várias pessoas — 242, segundo autoridades israelenses.
Israel revidou o ataque do grupo radical com bombardeios d investidas por terra em Gaza, e fez um cerco na região, sobretudo no norte. Por isso, habitantes têm acesso limitado a suprimentos como água, comida, gás, medicamentos e combustível.
Caminhões com ajuda humanitária têm entrado em Gaza desde 21 de outubro, mas agências da Organização das Nações Unidas (ONU), como o órgão para refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), alegam que os recursos ainda são insuficientes para abastecer a população.
Fonte: SBT News