O desmatamento segue em queda na Amazônia, com outubro sendo o sétimo mês consecutivo de redução na devastação. Segundo balanço do Imazon, o bioma perdeu 3.806 km² de floresta no acumulado do ano, o que representa uma queda de 61% em relação ao mesmo período do ano passado. Essa foi a menor área desmatada desde 2018.
Apesar do cenário de queda, o acumulado do ano ainda é o sexto maior em 16 anos – desde 2008, quando o instituto de pesquisa implantou o monitoramento por satélites. O total desmatado equivale à destruição de três vezes a cidade do Rio de Janeiro ou 1,2 mil campos de futebol por dia.
“Essa redução de 61% no desmatamento acumulado no ano é motivo de comemoração, mas precisamos intensificar ainda mais as ações de fiscalização e punição aos desmatadores ilegais para voltarmos aos patamares de anos como 2012 e atingirmos o prometido e necessário desmatamento zero em 2030”, analisa o pesquisador do Imazon Carlos Souza Jr.
Com 1.159 km² (31%) de floresta derrubados de janeiro a outubro, o Pará foi o estado que mais devastou a Amazônia, apesar de ter tido a segunda maior redução no desmate. No mesmo período do ano passado, foram destruídos 3.512 km² no estado, 67% a menos. O estado segue ainda como destaque negativo no desmatamento dentro de áreas protegidas.
O segundo e o terceiro estados com as maiores áreas devastadas no acumulado do ano foram Amazonas, com 854 km² (23%), e Mato Grosso, com 821 km² (22%). Ambos também apresentaram redução no desmate em relação ao mesmo período em 2022, que foi de 2.476 km² no Amazonas, 66% a menos, e de 1.438 em Mato Grosso, 43% inferior.
Além do desmatamento, quando há a remoção completa da vegetação nativa, o Imazon registrou degradação florestal causada pelas queimadas ou pela extração madeireira, que causam danos parciais nas áreas afetadas. Em outubro, foram detectados 1.554 km² de florestas degradadas na Amazônia Legal, um aumento de 2% em relação ao mesmo mês de 2022.
Fonte: SBT News
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