Das 205 medalhas conquistadas pelo Brasil nos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023, muitas vieram da nova geração, que encarou a competição como uma oportunidade de evoluir, aprender e entrar no radar quando o assunto são Jogos Olímpicos.
Alguns deles já terão a chance de brilhar em Paris 2024, enquanto outros terão que esperar até LA28. O certo é que todos têm potencial de sobra para dar medalhas e alegrias aos brasileiros nos próximos anos.
Confira abaixo alguns dos jovens atletas brasileiros que brilharam em Santiago 2023.
Maria Eduarda Alexandre, ginástica rítmica
Aos 16 anos, Duda foi uma das protagonistas da campanha histórica da ginástica rítmica brasileira em Santiago 2023. Ela levou bronze no individual geral, ouro nas maças e no arco e prata na fita neste Pan.
“Eu estou me sentindo muito feliz, mas ao mesmo tempo eu sinto que eu não posso estacionar. Não vou focar muito no hoje, preciso de concentração, foco e objetivo. Mas fico muito feliz pelo primeiro ouro nos Jogos Pan adultos. A primeira de muitas, se Deus quiser”, disse Duda após o primeiro ouro, mostrando que não pretende parar por aqui.
Miguel Hidalgo, triatlo
Campeão do triatlo masculino no Pan 2023, com uma chegada emocionante, Miguel Hidalgo mostrou novamente que briga na elite na modalidade, aos 23 anos.
“Foi com o coração mesmo porque as pernas eu não tinha mais”, afirmou Miguel após a prova. Ele também ajudou o Brasil a conquistar o ouro no revezamento misto.
Darlan Souza, vôlei
O irmão mais novo de Alan já havia estabelecido seu próprio nome no Pré-Olímpico no Rio de Janeiro, mas consolidou sua posição como ídolo da seleção brasileira masculina no Pan 2023 aos 21 anos.
Principal pontuador do time campeão em Santiago, Darlan segue sua filosofia de não se abalar com os momentos ruins e jogar com intensidade sempre. “Sei que não vou rodar bola toda hora, não vou fazer ponto 100% das vezes. Sei que o pessoal do outro lado [da quadra] também é bom, são os melhores dos países. Tem que ter noção de que… ‘errei, paciência’, focar sempre na próxima, esquecer as coisas ruins e pensar adiante sempre”, ele disse ao Olympics.com.
Stephanie Balduccini, natação
Rainha dos revezamentos do Brasil no Pan, Stephanie foi ouro 4x100m livre misto, prata no 100m livre e no 4x200m livre feminino e bronze no 4x100m livre feminino e 4×100 medley misto.
“Mostra que estou no caminho certo. Tive um período difícil psicologicamente, em que a voz dentro da minha cabeça falava mais alto. Eu duvidava muito de mim, nada que fazia era suficiente. Aos poucos, fui reconstruindo essa confiança dentro de mim”, comentou a nadadora de 19 anos sobre como o Pan foi um recomeço para ela.
Renan Gallina, atletismo
O velocista de 19 anos chegou a Santiago com um tempo de 10.01 nos 100m e uma semifinal nos 200m no Mundial de Budapeste. No Chile, ele confirmou as expectativas.
Renan venceu os 200m, sua principal prova, com tranquilidade, além de fechar o revezamento 4x100m do Brasil, que também conquistou o título. “A experiência da equipe que me dá apoio também, sou o mais novo mas tenho que me sacrificar, foram três tiros hoje. Para mim é um momento especial, quero curtir e comemorar. Bicampeonato do time e eu duas vezes campeão hoje, para coroar uma temporada incrível”, comemorou Renan ao Olympics.com.
Raicca Ventura, skate
Em seu primeiro ciclo Olímpico, Raicca, 16, vem somando importantes resultados dentro e fora da corrida Olímpica do skate park. Sua prata em Santiago 2023 é mais um passo para se aproximar do pódio em Paris 2024.
“Esse é o melhor ano da minha carreira. É importante para treinar para Paris 2024 e pela visibilidade, mas também importante para sentir a energia. Como eu não fui para Tóquio, não sabia como era. Aqui vi a Vila, comi com todo mundo e comecei a sentir mais essa energia”, disse Raicca ao Olympics.com.
Guilherme Caribé, natação
O maior medalhista da natação brasileira em Santiago 2023 foi Guilherme Costa, com quatro ouros, mas Caribé, o xará baiano do Cachorrão, também brilhou na competição, com três medalhas de ouro: 100m, 4x100m livre e 4x100m misto.
“É uma prova clássica para o Brasil. É muito gratificante ser mais um representante dessa prova”, disse Caribé, de 20 anos, sobre o grande resultado nos 100m.
Guilherme Schimidt, judô
Já com resultados expressivos desde 2022 no circuito mundial, Schimidt confirmou o favoritismo no Pan 2023 e conquistou seu primeiro título da competição, um bom indício de que ele pode lutar pelo pódio em Paris 2024.
“Essa medalha representa um sonho, participar dos Jogos. Eu assistia a todas as edições, torcia pelo Brasil”, afirmou o judoca de 22 anos ao Olympics.com. “Meu objetivo desde que acabou o ciclo de Tóquio era conquistar a vaga para Paris e me tornar um dos melhores da minha categoria. Sou terceiro do ranking e já venci os principais adversários. Estou trabalhando pela medalha Olímpica.”
Helena Wenk, vôlei
A seleção feminina de vôlei do Brasil ficou com a prata no Pan 2023 com um misto entre jogadoras da equipe titular e jovens como Helena, de 18 anos, um dos destaques da campanha em Santiago. Poucas semanas antes do torneio, ela passou por uma cirurgia no coração e quase não foi liberada para jogar.
“Foi uma experiência incrível, foi meu primeiro campeonato com a seleção adulta. Conquistar uma medalha no primeiro Pan-Americano é algo que não sei nem explicar. Agora é focar nos próximos objetivos com o clube e, se Deus quiser, ano que vem mais uma vez na seleção”, comemorou Helena ao Olympics.com.
Gustavo ‘Bala Loka’ Batista, BMX freestyle
Em uma modalidade de pouca tradição no Brasil, mesmo dentro do ciclismo, o ‘Bala Loka’ está evoluindo a cada competição e conquistou o bronze em Santiago 2023.
“Estou muito feliz de ter conquistado a medalha de bronze nesses Jogos Pan-Americanos. Isso aqui representa demais, não só pra mim, mas para o esporte do Brasil como um todo”, afirmou o atleta de 21 anos, que também foi top 10 no Mundial de Ciclismo de 2023.
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