A África do Sul e o Chade anunciaram que vão chamar de volta diplomatas de Israel para “consulta” em resposta à guerra no Oriente Médio.

“O governo sul-africano decidiu retirar todos os seus diplomatas em Tel Aviv para consulta”, disse o ministro Khumbudzo Ntshavheni nesta segunda-feira (6).

“O Gabinete também notou os contínuos comentários depreciativos do embaixador israelense na África do Sul sobre aqueles que se opõem às atrocidades e ao genocídio do governo israelense”, declarou Ntshavheni, acrescentando que o papel do embaixador “está se tornando muito insustentável”.

“Um genocídio sob a vigilância da comunidade internacional não pode ser tolerado”, afirmou Ntshavheni.

O embaixador de Israel na África do Sul, Eliav Belotserkovsky, tem sido presença regular nos meios de comunicação sul-africanos nas últimas semanas.

Em março, o parlamento da África do Sul aprovou uma resolução para diminuir seus laços com Israel. O governo sul-africano também foi fortemente formulado na sua condenação das operações de Israel em Gaza.

“É um crime de guerra Israel atacar diretamente civis palestinos em hospitais, ambulâncias, escolas, prédios e em seus carros particulares”, disse o Ministério das Relações Exteriores no sábado (4).

O ministério reiterou o apelo da África do Sul a um “cessar-fogo imediato”.

Enquanto isso, o Chade chamou de volta o encarregado de negócios do país para Israel no sábado em reação ao conflito em Gaza, de acordo com uma publicação nas redes sociais do Ministério das Relações Exteriores do Chade.

A decisão de retirar o diplomata sênior para consultas foi tomada em “indignação” com o conflito em curso, informou a Presidência do Chade nesta segunda-feira.

“O Chade condena a perda de vidas humanas de muitos civis inocentes e apela a um cessar-fogo que conduza a uma solução duradoura para a questão palestina”, afirmou um porta-voz do governo.

Fonte: CNN Brasil

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