O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone, nesta quarta-feira (25), com o emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani. Assim como em conversas com outras autoridades internacionais nos últimos dias, o tema foi o conflito na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas.
Como outras lideranças de estado, al-Thani também concordou com Lula sobre a necessidade de abrir um cordão humanitário e libertar todos os reféns. Ambos também ressaltaram a necessidade de um cessar-fogo para evitar a escalada de um conflito que pode se tornar ainda mais perigoso também para outras regiões do planeta.
Lula vem tentando assumir um papel de liderança nas negociações e se tornar um dos mentores de uma tentativa de pelo menos reduzir o grau do conflito. O presidente brasileiro destacou o relevante papel desempenhado pelo Catar nas tentativas de mediação do conflito entre Israel e o Hamas. Brasil e Catar coincidem sobre uma solução de dois Estados, Israel e Palestina, convivendo juntos e em paz.
Lula também falou sobre a situação dos brasileiros na Faixa de Gaza e espera uma repatriação e explicou sobre o Brasil manter a prontidão do plano de evacuação, com aeronave presidencial posicionada no Cairo, capital do Egito, e da operação de acolhimento na volta ao Brasil.
A conversa com o emir do Catar se soma a uma série de contatos feitos pelo presidente da República com lideranças da região, com o intuito de promover uma solução que restabeleça a paz.
Desde o início do conflito, o presidente Lula conversou com os presidentes de Israel (Isaac Herzog), da Autoridade Palestina (Mahmoud Abbas), do Irã (Ebrahim Raisi), do Egito (Abdel Fattah el-Sissi), da Turquia (Recep Tayyip Erdogan), da França (Emmanuel Macron), da Rússia (Vladimir Putin), dos Emirados Árabes (Mohammed bin Zayed Al Nahyan) e do Conselho Europeu (Charles Michel).
Antes da conversa com o emir do Catar, Lula falou sobre o conflito durante uma cerimônia no Palácio do Planalto. O petista disse que não se discute quem está certo e quem está errado. “Não é uma guerra. É um genocídio que já matou duas mil crianças que não têm nada a ver com essa guerra”, defendeu o presidente.
Fonte: SBT News
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